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Anunciante promove "leilão" entre agências
DA REPORTAGEM LOCAL
De cada dez anunciantes no
país, quatro estão dispostos a
abrir concorrência para a contratação de uma nova agência de publicidade hoje. Se não querem trocá-la, ao menos têm a intenção
de comparar serviços e preços.
Ninguém fala nisso abertamente, tanto que os anunciantes -em
poucas palavras- dizem apenas
que a concorrência é feita para
"avaliar a agência mais adequada". A conclusão é de uma pesquisa do Instituto Interscience, finalizada no fim do ano passado.
Segundo o levantamento com
100 clientes, 5% afirmam que fazem concorrência "para negociar
o melhor valor de remuneração".
Receita alternativa
Dentro desse cenário, agências
estão criando filiais até mesmo na
Europa, considerado um mercado saturado, a fim de tentar garantir um aumento de receita.
É o caso da holding Total, do
publicitário Eduardo Fischer, que
em fevereiro deve inaugurar sua
subsidiária em Portugal. A Folha
apurou que esse país pode ser a
sua porta de entrada no continente. A Espanha seria outro alvo.
A Total é a holding de oito agências de Fischer, que faturaram R$
750 milhões em 2002, segundo a
empresa, alta de 74% sobre 2001.
Assim como a Fischer, a W/Brasil, uma das maiores do país, não
só entrou em Portugal como ampliou a sua carteira de clientes.
Com o nome WOP, a agência
-comandada por Gonçalo Cardoso e Luis Rasquilha- ganhou
as quatro primeiras contas no começo do ano. Com isso, o grupo
dobrou o seu portfólio.
Sem pagamento
Dados da pesquisa mostram
que, entre as 39 empresas que admitiram fazer concorrência, 91%
não dão remuneração pelo trabalho de criação das agências durante o processo de seleção.
Só 6% liberam algum pagamento pelo trabalho que as empresas
de propaganda apresentam para
tentar ganhar a conta, ou seja, no
momento da seleção.
Entre as razões que levam um
anunciante a trocar de agência está, além da questão do valor da remuneração, a necessidade de rever o atendimento dado e questões contratuais.
(LV e AM)
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