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São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2000
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Kaiser quer provas de que não haverá danos
FÁBIA PRATES da Reportagem Local A Kaiser vai encaminhar petição ao Cade solicitando que o procurador-geral do órgão, Amaury Serralvo, anexe em seu laudo provas de que a criação da AmBev, fusão entre Brahma e Antarctica, não provocará danos ao mercado. O presidente da empresa, Humberto Pandolpho, coloca sob suspeita o parecer da relatora do processo, Hebe Romano, entregue ontem à AmBev e à Kaiser, no qual Serrralvo manifesta-se favorável à fusão. Pandolpho disse achar "estranho" a opinião do procurador, que não estaria respaldada por bases técnicas. "Ele mostra coragem, conhecimento e inteligência. Coragem para passar por cima da lei", ironizou. Segundo a Kaiser, as conclusões do procurador-geral ignoram recomendações de dois sub-procuradores, que seriam contrários à fusão. As maiores críticas da Kaiser continuam sendo à relatora do processo. Pandolpho mantém a tese de que Hebe Romano não tem condições de julgar a fusão, por não ser imparcial. Ele desafiou a AmBev a ir ao Cade junto com a Kaiser para tentar impedir a conselheira de votar no caso. Isso porque em nota distribuída anteontem a empresa diz ter tomado conhecimento, por intermédio de jornalistas, de que as gravações clandestinas mostrariam intimidade entre Hebe e o advogado Airton Soares. "Não tenho dúvidas de que está havendo favorecimento por parte dela", disse o presidente da cervejaria. Ontem a Kaiser encaminhou petição ao Cade pedindo mais uma vez vistas ao processo. A empresa está se armando para ir à Justiça, caso a AmBev seja aprovada sem restrições. A AmBev distribuiu nota destacando o parecer de favorável de Serralvo . Texto Anterior: Guerra da cerveja: Heineken tem encontro com o banco da Brahma Próximo Texto: Procurador do Cade aprova AmBev, com restrições Índice |
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