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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa tem dia de grandes oscilações
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São
Paulo teve ontem um dia de
fortes oscilações. O Ibovespa fechou em 18.331 pontos -alta
de 0,09%-, depois de variar
entre 18.183 e 18.643 pontos.
Um dos motivos do nervosismo foi a decisão do Copom
(Comitê de Política Monetária)
de manter a taxa Selic em 19%,
com viés de baixa.
A maior parte dos investidores esperava uma redução de,
pelo menos, 0,25 ponto. O Ibovespa atingiu seu valor mínimo
do dia ainda na primeira hora
do pregão.
À tarde, o índice se recuperou
e chegou a registrar uma alta de
1,80%. No final do pregão viva-voz, teve início um movimento de realização de lucros,
que acabou empurrando o Ibovespa para baixo.
Para Roberto Dotta, da Tudor
Asset Management, o Banco
Central poderia ter sido menos
conservador e reduzido um
pouco os juros. "Por que o
Banco Central não reduziu os
juros? Essa é a pergunta que
não quer calar", afirma.
Por outro lado, Dotta diz que
a notícia de que o novo salário
mínimo deverá ser fixado em
R$ 151 foi bem recebida pelo
mercado, que entendeu que o
aumento não irá ter um impacto tão grande sobre as contas do
governo e, consequentemente,
sobre o ajuste fiscal.
Dotta diz também que espera
que o Ibovespa atinja os 22 mil
pontos ainda neste primeiro semestre, opinião compartilhada
por Cláudio Maurício, da Planner Corretora.
No mercado futuro de juros, a
decisão do Copom acabou provocando uma ligeira queda nas
taxas previstas pelos contratos
que vencem a partir de junho.
Isso pode ser entendido como
um sinal de que, no médio e
longo prazos, o mercado espera
uma redução das taxas de juros
básicas da economia.
Estrangeiros
A Bovespa divulgou ontem
que, nos primeiros 20 dias de
março, o saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa paulista ficou negativo em R$ 63,1
milhões. No ano, as vendas de
ações feitas por estrangeiros supera as compras em R$ 410,689
milhões.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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