São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2000


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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa tem dia de grandes oscilações

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo teve ontem um dia de fortes oscilações. O Ibovespa fechou em 18.331 pontos -alta de 0,09%-, depois de variar entre 18.183 e 18.643 pontos.
Um dos motivos do nervosismo foi a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 19%, com viés de baixa.
A maior parte dos investidores esperava uma redução de, pelo menos, 0,25 ponto. O Ibovespa atingiu seu valor mínimo do dia ainda na primeira hora do pregão.
À tarde, o índice se recuperou e chegou a registrar uma alta de 1,80%. No final do pregão viva-voz, teve início um movimento de realização de lucros, que acabou empurrando o Ibovespa para baixo.
Para Roberto Dotta, da Tudor Asset Management, o Banco Central poderia ter sido menos conservador e reduzido um pouco os juros. "Por que o Banco Central não reduziu os juros? Essa é a pergunta que não quer calar", afirma.
Por outro lado, Dotta diz que a notícia de que o novo salário mínimo deverá ser fixado em R$ 151 foi bem recebida pelo mercado, que entendeu que o aumento não irá ter um impacto tão grande sobre as contas do governo e, consequentemente, sobre o ajuste fiscal.
Dotta diz também que espera que o Ibovespa atinja os 22 mil pontos ainda neste primeiro semestre, opinião compartilhada por Cláudio Maurício, da Planner Corretora.
No mercado futuro de juros, a decisão do Copom acabou provocando uma ligeira queda nas taxas previstas pelos contratos que vencem a partir de junho. Isso pode ser entendido como um sinal de que, no médio e longo prazos, o mercado espera uma redução das taxas de juros básicas da economia.

Estrangeiros
A Bovespa divulgou ontem que, nos primeiros 20 dias de março, o saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa paulista ficou negativo em R$ 63,1 milhões. No ano, as vendas de ações feitas por estrangeiros supera as compras em R$ 410,689 milhões.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


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