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De la Rúa põe panos quentes em conflito
de Buenos Aires
O presidente da Argentina,
Fernando de la Rúa, condenou ontem as declarações de
funcionários argentinos que
criaram problemas com o
Brasil nos últimos dias.
Segundo ele, as "declarações apressadas" desses
membros do governo poderiam terminar isolando a
Argentina do Brasil e também da Europa.
De la Rúa não citou nomes, mas sabe-se que o principal alvo da crítica foi o chefe de seu gabinete de ministros, Rodolfo Terragno, que
reclamou compensações automáticas do Brasil caso
ocorra uma nova desvalorização do real.
Essa declaração de Terragno provocou uma dura reação do embaixador brasileiro para o Mercosul, José Botafogo Gonçalves, que chegou à Argentina na terça-feira para iniciar uma rodada
de negociações comerciais.
Ele disse aos jornais argentinos que tal sugestão não seria aceita pelo Brasil em hipótese alguma.
Na quarta-feira à noite,
Terragno recebeu Botafogo
Gonçalves por duas horas e,
ao final do encontro, ambos
tinham o discurso mais afinado. Terragno voltou atrás
em suas declarações.
"As relações internacionais quem conduz é a nação", disse ainda De la Rúa,
em uma clara resposta aos
palpites que o governador
de Buenos Aires, Carlos
Ruckauf, tem dado sobre as
relações com o Brasil.
(VA)
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