São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2000


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Informalidade proporciona mais vagas

da Sucursal do Rio

O aumento da ocupação em fevereiro foi puxado pela informalidade.
De acordo com o IBGE, o crescimento da ocupação entre os empregados sem carteira de trabalho assinada foi de 8,3%, na comparação com fevereiro do ano passado. Para os empregados com carteira, foi de 1,8%.
"Esse dado realmente não é bom, porque mostra que a informalidade puxou a ocupação", disse Shyrlene Ramos de Souza, consultora do IBGE.
Os trabalhadores por conta própria, que também se inserem na categoria informal, tiveram aumento de 1% na ocupação. Para os empregadores, foi de 2,4%- sempre sobre janeiro.
A presença da informalidade fez subir mais a ocupação no setor de serviços (4,2%). Em seguida, está a ocupação na indústria de transformação (3,3%) e na construção civil (1,2%). No comércio, caiu 0,3%. Esses indicadores comparam fevereiro com o mesmo mês do ano passado.

Concentração em São Paulo
Todo esse movimento de melhora na ocupação ficou concentrado na região metropolitana de São Paulo.
A mão-de-obra ocupada em São Paulo cresceu 1%, mais do que a média das seis regiões (0,5%), de um mês para outro. O mesmo vale para a comparação com fevereiro do ano passado.
A ocupação não compensou o aumento do contingente à procura de emprego, que subiu 9,8% em São Paulo em relação a janeiro.
Também na região, a informalidade justifica a melhora, tanto que houve redução de 1,4% na massa de trabalhadores com carteira, de janeiro para fevereiro, enquanto aumentou para empregados, autônomos e empregados sem carteira.
Em relação a fevereiro do ano passado, o grupo de trabalhadores sem carteira assinada cresceu 9,4% em São Paulo.
A taxa das seis regiões metropolitanas pesquisadas que considera desempregados à procura de um posto, empregados sem rendimento algum ou com renda inferior a um salário mínimo também cresceu.
Em fevereiro, esse indicador foi de 17,5%, o mais alto desde setembro de 1994, que empata, tecnicamente, com os 17,45% de junho de 99. "Esse resultado é reflexo do desemprego", disse Shyrlene.



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