São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2004

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Funcionários param INSS por 2 dias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Funcionários da Previdência Social iniciaram ontem uma "greve relâmpago" de 48 horas, causando transtorno em várias agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Dados parciais do Ministério da Previdência indicam que 5% dos servidores suspenderam as atividades ontem.
O ministério ponderou que o balanço era preliminar porque muitas agências não haviam informado o índice de adesão até o início da noite.
Em São Paulo, segundo a Previdência, 9,9% dos servidores pararam (excluída a capital). A paralisação de 48 horas que os servidores iniciaram ontem atingiu 70,3% dos postos da capital, deixando cerca de 22.800 pessoas sem atendimento.
No Rio de Janeiro, a adesão foi de 4%. Municípios como Niterói, entretanto, não informaram o total de grevistas. O Estado com maior adesão foi o Rio Grande do Sul, onde 11,7% dos funcionários não trabalharam.
A Previdência adiantou que o balanço a ser divulgado hoje será mais completo. O governo também anunciou que o ponto dos grevistas será cortado durante os dias de paralisação.
De acordo com dados divulgados pela CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social), houve adesão de 80% dos servidores do INSS nos 13 Estados onde houve paralisação e no Distrito Federal. Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás, segundo a entidade, estão entre os Estados que aderiram à greve.

Greve maior
"Esperamos que amanhã [hoje] a adesão seja maior. Isso é um alerta para o governo porque já estamos com uma greve por tempo indeterminado marcada para o dia 20 de abril, caso o governo não negocie", disse o secretário-geral da CNTSS, Irineu Araújo.
Os servidores reclamam que o governo não cumpriu o acordo negociado na última greve, no ano passado.
Eles querem que o Executivo modifique o termo de adesão que os funcionários foram obrigados a assinar e que garantia um reajuste salarial médio de 47,11%. "Vários pontos do termo de adesão não ficaram como o combinado", relatou Araújo.


Com o "Agora"


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