DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO
GRANDE, PORTO ALEGRE E CURITIBA

Os produtores brasileiros de soja devem aumentar a receita com a comercialização da safra deste ano, estimada em 49,4 milhões de toneladas, mesmo com a tendência de queda na cotação do dólar.
O secretário estadual de Projetos Estratégicos em Mato Grosso, Clóvis Vettorato, disse que a cotação da soja chega a alcançar "quase US$ 15 por saca na Bolsa de Chicago", rendendo US$ 10 ao produtor. "É coisa que havia muitos anos não acontecia", afirmou.
Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de soja, com a safra 2002/2003 estimada em 13,2 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No Paraná, ela deve alcançar 10,6 milhões de toneladas.
Os produtores paranaenses reduziram a marcha na comercialização da soja após a queda do dólar, mas os negócios não foram interrompidos e a rentabilidade desta safra continua garantida.
"Deu uma esfriada boa no mercado, mas a gente continua vendendo", disse o produtor Richard Dijkstra, 33, da região de Campos Gerais (PR). Ele calcula que, na média, a safra 2003 vai lhe proporcionar uma rentabilidade 27% superior à obtida na passada.
Para o produtor gaúcho, segundo o vice-presidente da Federasul (Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul), Antônio Sartori, a valorização do preço em dólar das commodities agrícolas na Bolsa de Chicago compensa totalmente os eventuais prejuízos. (HUDSON CORRÊA, LÉO GERCHMANN, MARI TORTATO)


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