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FRAUDE
Empresário alega desconhecer esquema de notas frias
Polícia prende dono da Lousano sob acusação de sonegação fiscal
MARCO DE CASTRO
DO "AGORA"
Uma denúncia de porte de maconha com uma pessoa levou o
Denarc (Departamento de Investigação Sobre Narcóticos) a descobrir ontem um caso de sonegação fiscal envolvendo a fabricante
de condutores elétricos Lousano.
Oito pessoas foram presas, o dono da companhia entre elas, sob
acusação de sonegação fiscal e
formação de quadrilha.
Os policiais do Denarc abordaram, na Vila Maria (zona norte), o
consultor da empresa Benedito
de Oliveira. Eles procuravam maconha no porta-malas de seu Gol,
levados por uma denúncia. Em
vez da droga, encontraram um
pacote com 2.500 notas fiscais
frias da Lousano.
Interrogado, Oliveira revelou o
endereço da gráfica que imprimia
o material, na rua Júlio Buono, no
Tucuruvi (zona norte de SP). A
polícia foi então à gráfica, onde
achou outras 2.500 notas frias.
Ali, foram presos o dono da gráfica dois outros consultores e um
auxiliar contábil. No início da noite, foram presos, na sede da indústria, em Itaquera (zona leste),
o dono da Lousano, Pascoal Grassioto, 52, e os diretores financeiros Francisco Gonçalves, 57, e Roberto Pinto, 58.
Segundo o Denarc, a Lousano
emitiu, pelo menos, 15 mil notas
fiscais frias nos últimos dois meses.
Grassioto disse desconhecer o
esquema das notas frias. Segundo
ele, a empresa deve R$ 30 milhões
e está em concordada há cinco
anos. "Temos muita dificuldade
em pagar os salários dos 188 funcionários", disse.
Com a Folha Online
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