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VISITA
Caminho para a credibilidade é longo, diz Snow
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo terá de percorrer um
longo caminho de disciplina fiscal
pela frente se quiser convencer os
mercados de seu real comprometimento com a austeridade. Foi o
que disse ontem John Snow, secretário do Tesouro norte-americano, em visita a São Paulo.
Segundo Snow, um ou dois
anos não bastam. É preciso que o
país cumpra "bons superávits primários por mais tempo para garantir credibilidade no mercado".
Somente depois disso o governo
brasileiro poderá começar a pensar em adotar metas fiscais flexíveis que se ajustem de acordo
com os ciclos econômicos, podendo ser menores durante fases
de contração e maiores em períodos de expansão.
Snow visitou ontem de manhã
na fábrica da Avon em São Paulo
e à tarde discursou para empresários na Amcham (Câmara Americana de Comércio).
Depois, Snow viajou para Brasília, onde teve encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele se disse muito otimista com a
perspectiva de aprovação das reformas (da Previdência e tributária) no Congresso.
Na opinião de Snow, a aprovação das reformas permitirá ao governo baixar os juros e retomar o
crescimento econômico do país.
Sobre as negociações para a formação da Alca, Snow disse que os
EUA "estão dispostos a colocar
tudo na mesa", inclusive as discussões sobre barreiras tarifárias.
Mas ressaltou que as questões dos
subsídios, item que o governo
brasileiro que discutir na formação da Alca, "estão sendo tratadas
na OMC [Organização Mundial
do Comércio]".
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) minimizou a
frase de Snow sobre colocar tudo
na mesa. Para o ministro, isso não
significava nada porque os temas
de interesse do Brasil não foram
contemplados na oferta dos EUA.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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