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Governo quer taxas menores no microcrédito
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai anunciar nesta
semana, provavelmente amanhã, medidas para incentivar
os bancos, públicos e privados,
a fazerem operações de microcrédito com juros de 2% ao
mês. Hoje, esses empréstimos
são feitos com taxas que variam de 4% a 5%.
A Folha apurou que as novas
regras também deverão possibilitar a realização de contratos
dos bancos com vários tipos de
entidades, inclusive prefeituras
e sindicatos, que poderão repassar o dinheiro para os tomadores finais.
Hoje, já existem parcerias da
CEF (Caixa Econômica Federal) com ONG's (organizações
não-governamentais) para a
oferta de operações de microcrédito. O governo quer ampliar o número de agentes repassadores.
Outro banco estatal que atua
nesse segmento é o Banco do
Nordeste. O BNDES, que já
atua na área, deverá ampliar a
sua participação com um volume de recursos indefinido. O
objetivo é atender toda a demanda que aparecer.
Os técnicos estimam que os
créditos deverão ser, em média,
de R$ 1.000 cada um. A idéia é
atender pessoas que trabalham
informalmente com pequenos
negócios e têm dificuldade de
obter empréstimos para ampliar a atividade.
Redução da TJLP
Além de avaliar medidas do
pacote de crédito que o governo anuncia até amanhã, o
CMN (Conselho Monetário
Nacional) deverá reduzir hoje a
TJLP (Taxa de Juros de Longo
Prazo). Essa taxa é utilizada nos
empréstimos com recursos do
Fundo de Amparo ao Trabalhador feitos pelo BNDES ao
setor produtivo. A taxa poderá
ser reduzida de 12% ao ano para 11,5%.
Ontem, os presidentes do
BNDES, Carlos Lessa, da CEF,
Jorge Mattoso, e do Banco do
Brasil, Cássio Casseb, estiveram com o presidente Lula para conversar sobre as medidas
de estímulo ao microcrédito.
Essas medidas fazem parte de
um pacote com o objetivo de
ampliar os financiamentos,
com juros menores.
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