São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Apesar da saída de investidores internacionais, Bovespa recupera perdas e já valoriza 6,6% no mês

Estrangeiro tira R$ 497 mi da Bolsa em junho

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo vem mostrando neste mês ter forças para recuperar as perdas recentes. Em junho, a Bolsa está com valorização acumulada de 6,6%. Mas a saída de estrangeiros do mercado acionário local no mês começa a preocupar.
Em junho, até o último dia 18, as vendas de ações com recursos de investidores estrangeiros foram maiores que as compras em R$ 497,4 milhões.
Analistas apontam a participação dos estrangeiros no pregão da Bolsa como fundamental para a manutenção do volume negociado atualmente no mercado.
Apesar da saída das últimas semanas, o saldo acumulado no ano ainda é bem positivo -R$ 2,23 bilhões. Em maio, esse balanço ficou positivo em R$ 269 milhões.
A última vez que as vendas de ações com recursos de estrangeiros foram maiores que as compras foi em maio do ano passado.
"Não vejo esse resultado parcial como sinal de uma virada de tendência. Hoje [ontem], mesmo, vi um grande banco estrangeiro movimentando um volume elevado de ações", diz Charles Phillip, diretor da SLW Corretora.
Entre maio e junho (até o dia 18), a participação do investidor estrangeiro nos negócios realizados na Bolsa caiu de 31,9% para 28,3% do total.

Ânimo
No pregão de ontem, a Bovespa fechou com alta de 3,15%. Apenas 3 das 54 ações do Ibovespa (principal índice da Bolsa) fecharam em baixa.
A fala do presidente da CVM, Marcelo Trindade, que se mostrou "reticente" quanto ao uso do FGTS para a compra de ações, causou certo mal-estar no mercado.
Já a vitória do governo na Câmara, onde foi aprovado o salário mínimo de R$ 260, colaborou para o dia positivo do mercado. Nem mesmo a notícia do fraco resultado do fluxo de investimento estrangeiro direto em maio abalou os investidores.
O dólar fechou com baixa de 0,41%, vendido a R$ 3,12. A rolagem pelo BC de aproximadamente 27% de uma dívida cambial de US$ 2,5 bilhões que vence no dia 1º favoreceu o dia tranqüilo no mercado de câmbio.
Hoje a Gol inicia a negociação de suas ações preferenciais na Bovespa. Amanhã é a vez da estréia da ALL (América Latina Logística). (FABRICIO VIEIRA)


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