São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES "É um absurdo" Assim se manifestou o ex-secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro Camargo Neto, com relação à proibição do governo argentino de importar animais (e seus derivados) brasileiros suscetíveis à febre aftosa. Parceiros? "Parceiros comerciais não fazem isso", disse Camargo. "Eles são nossos vizinhos e sabem que o Pará está muito distante das áreas livres de aftosa", acrescenta. "Isso só ocorre porque o Brasil sempre cede em todas as pendências comerciais com eles e essa atitude foi adotada para prejudicar o Brasil", diz Camargo. Quebra no Paraná A safra de verão de milho está terminando no Paraná, e a quebra foi de 11% neste ano em relação ao anterior, segundo Vera Zardo, do Deral. Em uma área de 1,34 milhão de hectares, o Estado produziu 7,43 milhões de toneladas. O rendimento médio das lavouras foi de 5.527 quilos por hectare. Safrinha As perdas com o milho safrinha são superiores às com a safra de verão. Zardo diz que estiagem, chuvas de granizo e geadas já provocaram redução de 14% nas estimativas de safra do produto no Estado. A previsão inicial era de 4,23 milhões de toneladas, mas o Estado deverá colher apenas 3,64 milhões nas contas do Deral. Preços fracos A chegada da safrinha e a desaceleração nas exportações estão empurrando para baixo os preços do milho no mercado interno. Nos últimos 30 dias, o produto teve queda de 10,4%. Os bons ares da produção O crescimento da agricultura impulsiona as empresas do setor. Uma, em particular, se beneficia bastante desse avanço: a Kepler Weber. Brasileira, mas tida como a principal empresa mundial no setor de armazenagem, a Kepler deverá obter R$ 400 milhões de faturamento neste ano, segundo o mercado. Basta seguir o ritmo Para obter esse resultado, basta a Kepler seguir o ritmo médio do agronegócio neste ano -crescimento de 15% a 18%-, o que será facilmente atingido pela empresa, segundo analistas. Em 2003, a empresa faturou R$ 360 milhões. Exportações de soja Os registros de exportações de soja em grão somaram 18 milhões de toneladas até 15 deste mês. A previsão da Abiove é de exportações de 20,2 milhões de toneladas neste ano. Dólar segura Mesmo com a forte recuperação dos preços da soja em Chicago, onde a alta foi de 3,4% ontem, a oleaginosa se manteve estável no Paraná. A estabilidade se deve à queda do dólar (0,4%) no mercado interno. O primeiro contrato de soja foi negociado ontem a US$ 9,18 por bushel em Chicago. No Paraná, a saca esteve a R$ 40,50. A qualidade compensa Os restaurantes que estão usando café de qualidade viram as vendas crescer rapidamente em São Paulo. Os dados foram coletados pela campanha "Sabor da Colheita", que promove o produto em estabelecimentos comerciais. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Estrangeiro tira R$ 497 mi da Bolsa em junho Próximo Texto: Finanças: Comprar ação com FGTS é arriscado, diz CVM Índice |
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