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Lojas temem concentração de mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Os riscos de que um eventual
enfraquecimento da Schincariol possa elevar a concentração no mercado de cervejas
preocupam os supermercados
e parte do setor de bares. O grupo Schincariol tem 12,7% das
vendas. A AmBev, 68,3%.
Ontem, o presidente da associação dos supermercados,
João Carlos de Oliveira, disse
torcer para que a fase delicada
que a empresa atravessa não
afete os seus negócios. "Temos
poucas marcas de expressão
então, se essa cervejaria ou
qualquer outra tiver dificuldades, podemos ter uma ampliação na concentração, e isso é
ruim para o consumidor."
Em segmentos com poucos
concorrentes, existe a possibilidade de que os líderes de mercado tenham maior poder de
barganha na hora da negociação de compra e venda. A questão é que, na prática, uma possível concentração deverá atingir mais o setor de bares e restaurantes do que os supermercados. A razão é simples: os supermercados se fundiram nos
últimos anos e ganharam poder de pressão nas negociações.
A Associação dos Bares e
Restaurantes de São Paulo disse ontem temer práticas monopolistas. Já o sindicato do setor
não vê problemas.
(ADRIANA MATTOS)
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