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ECONOMIA GLOBAL
Aumento de fusões e aquisições estimula injeções de recursos, que atingem US$ 252 bi em 2004, diz OCDE
Investimento dos EUA no exterior é recorde
DA REUTERS
O investimento direto norte-americano no exterior atingiu o
recorde de US$ 252 bilhões em
2004, estimulado por atividades
cada vez mais intensas no setor de
fusões e aquisições -que se recuperou, em termos gerais, no ano
passado, e continua em alta em
2005, informou a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) ontem.
As tendências gerais do investimento marcaram um "retorno ao
normal" entre os 30 países-membros da OCDE, quase todos os ricos e industrializados, com a saída de capital maior que a entrada.
O desembolso norte-americano
na forma de investimento estrangeiro direto atingiu os US$ 252 bilhões, ante US$ 141 bilhões em
2003, enquanto os ingressos de
capital subiram a US$ 107 bilhões,
ante o nível historicamente baixo
de US$ 67 bilhões, naquele mesmo ano, segundo a OCDE.
A América do Sul parece estar se
recuperando da queda nos investimentos que aconteceu depois da
crise na Argentina, segundo a OCDE. Houve aumento nos investimentos diretos no Brasil (US$ 18
bilhões em 2004), Argentina (US$
4 bilhões) e Chile (US$ 8 bilhões).
As grandes empresas do Brasil e
do México parecem estar investindo em integração regional para
depois formar verdadeiras redes
multinacionais, diz a OCDE.
França e a Alemanha registraram queda acentuada no ingresso
de investimentos, que, segundo o
relatório da OCDE, se deve em
grande parte aos pagamentos de
empréstimos intercompanhia,
que resultaram em transferência
de fundos ao exterior.
Sobre o aumento nos ingressos
e nas saídas de capital dos EUA, a
OCDE disse que os desdobramentos de 2004 refletem, em parte, a fraqueza do dólar, mas também dispêndios estimulados pelas empresas norte-americanas.
Cinco das maiores transações
de fusão ou aquisição internacional do ano envolveram empresas
americanas como compradoras,
segundo o relatório, o que coloca
em destaque uma ampla recuperação nas fusões e aquisições envolvendo empresas dos 30 países-membros da OCDE.
"Com base nas tendências
atuais, tanto os ingressos como as
saídas de capital de investimento
nos países da OCDE devem crescer entre 10% e 15% em 2005, sugerem as estimativas da organização", segundo relatório do órgão.
Na França, os ingressos de capital de investimento caíram praticamente à metade, para US$ 24
bilhões, ante US$ 43 bilhões, enquanto na Alemanha os investidores na verdade retiraram US$
39 bilhões do país, mais que compensando o influxo de US$ 27 bilhões registrado em 2003.
"Em termos de ingressos de capital de investimento estrangeiro
direto, 2004 trouxe um "retorno à
normalidade", no sentido de que
os EUA reconquistaram seu papel
como principal destino mundial
para o investimento direto, como
vinha sendo o caso pela maior
parte das duas últimas décadas",
afirmou a OCDE.
Reino Unido, Canadá e alguns
países do continente europeu "se
mantiveram firmes", de acordo
com o estudo, e a situação do Japão apresentou pouca mudança.
Os fluxos de investimento para
a região da OCDE foram os mais
baixos em sete anos, com US$ 407
bilhões, mas continuam superando os resultados obtidos durante
boa parte dos anos 1990.
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