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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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Copom fez o que era esperado, diz Furlan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO

Para o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, o corte 1,5 ponto percentual na Selic foi ao encontro da expectativa do mercado. "Ninguém esperava de um órgão [Copom], sempre caracterizado pelo conservadorismo, uma ação que não estivesse de acordo com a tradição".
Para o ministro, a redução de ontem abre caminho para uma sequência relevante de novas quedas da taxa Selic à medida que forem se confirmando os indicadores macroeconômicos, como inflação baixa, ajuste fiscal e redução do risco-país.
"Agora, temos pela frente mais cinco reuniões do Copom até o final do ano. Certamente um círculo virtuoso de desenvolvimento, os tijolinhos, está sendo construído para que tenhamos em 2004 aquilo que o presidente já avisou", disse Furlan em referência ao "espetáculo do crescimento" anunciado pelo presidente Lula.
Na avaliação do ministro, o crescimento econômico de 2003 já está garantido e é compatível com o resultado das economias de países como o Japão e EUA, além da União Européia.
Em discurso durante entrega de prêmios na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Furlan disse que o Brasil não é um país de "coitadinhos". "Somos um grande país", completou.

Lessa
Ressaltando que falava como economista, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem, antes do anúncio do Copom, que "no primeiro momento" o corte de juros até vai ajudar a reduzir a inflação porque vai agir sobre o "componente de custo financeiro embutido em toda a cadeia de transações".
O problema, segundo o presidente do BNDES, vem depois. "Se aumenta a demanda [por produtos], surge o impulso de muitos de se aproveitarem disso para empurrar os preços para cima". Por isso, disse ele, é necessário haver um pacto "dos produtores, dos trabalhadores e dos usuários para não deixar os preços subirem".


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