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Copom fez o que era
esperado, diz Furlan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
Para o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, o
corte 1,5 ponto percentual na Selic
foi ao encontro da expectativa do
mercado. "Ninguém esperava de
um órgão [Copom], sempre caracterizado pelo conservadorismo, uma ação que não estivesse
de acordo com a tradição".
Para o ministro, a redução de
ontem abre caminho para uma
sequência relevante de novas quedas da taxa Selic à medida que forem se confirmando os indicadores macroeconômicos, como inflação baixa, ajuste fiscal e redução do risco-país.
"Agora, temos pela frente mais
cinco reuniões do Copom até o final do ano. Certamente um círculo virtuoso de desenvolvimento,
os tijolinhos, está sendo construído para que tenhamos em 2004
aquilo que o presidente já avisou", disse Furlan em referência
ao "espetáculo do crescimento"
anunciado pelo presidente Lula.
Na avaliação do ministro, o
crescimento econômico de 2003
já está garantido e é compatível
com o resultado das economias
de países como o Japão e EUA,
além da União Européia.
Em discurso durante entrega de
prêmios na CNI (Confederação
Nacional da Indústria), Furlan
disse que o Brasil não é um país de
"coitadinhos". "Somos um grande país", completou.
Lessa
Ressaltando que falava como
economista, o presidente do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem,
antes do anúncio do Copom, que
"no primeiro momento" o corte
de juros até vai ajudar a reduzir a
inflação porque vai agir sobre o
"componente de custo financeiro
embutido em toda a cadeia de
transações".
O problema, segundo o presidente do BNDES, vem depois. "Se
aumenta a demanda [por produtos], surge o impulso de muitos de
se aproveitarem disso para empurrar os preços para cima". Por
isso, disse ele, é necessário haver
um pacto "dos produtores, dos
trabalhadores e dos usuários para
não deixar os preços subirem".
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