São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Indústria do plástico diz que não resistirá

AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Parte da indústria de transformação do plástico pode desaparecer nos próximos meses vítima da alta do petróleo. Hoje, os 11,2 mil transformadores faturam R$ 36 bilhões por ano.
O alerta foi feito ontem pelo presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), Merheg Cachum. Segundo ele, o setor enfrenta o descasamento entre o custo da matéria-prima (a resina) e a remuneração do produto acabado.
Nos últimos 12 meses, algumas resinas tiveram reajuste superior a 40%, enquanto o repasse para os produtos finais não passou de 20%. As resinas produzidas por empresas como Braskem e Quattor (resultado da fusão entre Suzano Petroquímica e Unipar) são a base de uma série de produtos.
"De um lado, as petroquímicas impõem novos preços e, de outro, os grandes clientes não aceitam o repasse", diz Cachum.
Os transformadores querem que o governo reduza para zero a alíquota de importação de resinas, hoje em 14%. Segundo a Abiplast, o preço do produto brasileiro é, em média, US$ 500 por tonelada mais caro do que no mercado internacional.


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