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VAREJO
Supermercados prevêem vendas ainda menores
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), José Humberto Pires de Araújo, previu que as vendas do
setor só crescerão 1% neste ano. É
menos do que a entidade estimara inicialmente para 2002: 1,5%.
De acordo com Araújo, os supermercados têm vivido uma recuperação desde julho, sob o impacto da liberação dos recursos
da correção do FGTS, apesar de os
salários continuarem comprimidos. Mas a reação não tem sido no
ritmo esperado, disse ele.
De janeiro a junho, o setor registrara queda de 2% nas vendas. O
percentual acumulado no ano
continuou negativo em julho
(1,59%). Até agosto, o recuo foi
menor ainda: 0,78%. Para cumprir a previsão inicial, de crescimento de 1,5%, deveria ter havido
redução de apenas 0,5% até agosto, afirmou Araújo.
Na comparação com o mesmo
período do ano passado, a melhora das vendas dos supermercados
fica mais nítida: a alta foi de 5,04%
em agosto. Em relação a julho, o
aumento ficou em 5,53%.
Também foram revistas para
baixo as estimativas para o faturamento dos supermercados em
2002: de R$ 73,2 bilhões para R$
73 bilhões.
Os dados foram apresentados
durante a abertura da Expo Abras
2002 (maior feira do setor no
país), que neste ano comemora os
50 anos de instalação de supermercados no Brasil.
Mesmo com a disparada do dólar, Araújo disse que o repasse para os preços tem sido restrito e menor do que nos demais setores da economia.
Prova disso, afirmou, é que o índice de preços apurado pela entidade, o Abras Mercado, subiu menos do que o indicador oficial do governo, o IPCA, cuja coleta
contempla itens de diversos segmentos. Os 35 itens da cesta pesquisada pela Abras subiram 6,98% nos últimos 12 meses, enquanto o IPCA ficou em 7,23% no
mesmo período.
Sobre o repasse do câmbio para os produtos de Natal, Araújo afirmou que os comerciantes esperarão o máximo possível antes de fazer as compras de importados.
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