São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2001

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Empresa propõe reunião e condena "atitude radical"

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A Petrobras distribuiu ontem nas unidades da empresa um comunicado no qual conclama os funcionários a não aderirem à paralisação marcada para hoje pelos sindicatos.
Segundo a estatal, os sindicalistas mantiveram o indicativo de greve apesar da disposição para negociar que teria sido demonstrada pela empresa. "Não há impasse no processo negocial que justifique atitudes radicais", diz o texto.
À FUP (Federação Única dos Petroleiros), em documento oficial, a empresa propôs a suspensão do movimento e a realização hoje, no Rio de Janeiro, de uma reunião de negociação.
O coordenador da FUP, Maurício França Rubem, disse que os sindicalistas irão à reunião, mas a negociação somente ocorrerá com a categoria parada.
"Toda vez que a gente suspendeu o movimento, não avançou nas negociações", declarou Rubem. "Suspender o movimento em troca de garantia nenhuma não dá", disse Cláudio Francisco Negrão, presidente do Sindicato dos Petroleiros da Baixada Santista.
Segundo Negrão, há "incoerência" na nova proposta de reajuste (6% de reajuste) formulada pela Petrobras, que, no mês passado, havia oferecido um índice de 5%.
"No ano passado, a Petrobras teve um lucro de R$ 10 bilhões, e o reajuste foi de 9%. Neste ano, a empresa projeta um lucro de R$ 12 bilhões e oferece 6%", disse.
A assessoria da Petrobras, no Rio de Janeiro, informou que nenhum diretor da empresa iria se manifestar sobre o assunto porque, para a estatal, as negociações ainda se encontram em curso.


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