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Empresa propõe
reunião e condena
"atitude radical"
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A Petrobras distribuiu ontem nas unidades da empresa um comunicado no qual
conclama os funcionários a
não aderirem à paralisação
marcada para hoje pelos sindicatos.
Segundo a estatal, os sindicalistas mantiveram o indicativo de greve apesar da
disposição para negociar
que teria sido demonstrada
pela empresa. "Não há impasse no processo negocial
que justifique atitudes radicais", diz o texto.
À FUP (Federação Única
dos Petroleiros), em documento oficial, a empresa
propôs a suspensão do movimento e a realização hoje,
no Rio de Janeiro, de uma
reunião de negociação.
O coordenador da FUP,
Maurício França Rubem,
disse que os sindicalistas
irão à reunião, mas a negociação somente ocorrerá
com a categoria parada.
"Toda vez que a gente suspendeu o movimento, não
avançou nas negociações",
declarou Rubem. "Suspender o movimento em troca
de garantia nenhuma não
dá", disse Cláudio Francisco
Negrão, presidente do Sindicato dos Petroleiros da Baixada Santista.
Segundo Negrão, há "incoerência" na nova proposta
de reajuste (6% de reajuste)
formulada pela Petrobras,
que, no mês passado, havia
oferecido um índice de 5%.
"No ano passado, a Petrobras teve um lucro de R$ 10
bilhões, e o reajuste foi de
9%. Neste ano, a empresa
projeta um lucro de R$ 12 bilhões e oferece 6%", disse.
A assessoria da Petrobras,
no Rio de Janeiro, informou
que nenhum diretor da empresa iria se manifestar sobre o assunto porque, para a
estatal, as negociações ainda
se encontram em curso.
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