São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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Muito material "enlatado" ainda chega ao país

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil ainda recebe mais campanhas estrangeiras do que envia ao exterior. O "déficit" se mantém, afirmam os publicitários, mas a tendência é de redução lenta. "Nós ainda recebemos muita coisa de fora. Estamos apenas começando", diz Carlos Manga Júnior, sócio-diretor da Vertical Filmes.
A Coca-Cola, por exemplo, aumentou seu "índice de nacionalização" de campanhas nos últimos cinco anos, segundo a empresa. A agência internacional McCann-Erickson passou a concentrar os trabalhos da marca veiculados no país nos escritórios do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Bolar campanha para inglês ou americano ver não chega a ser um trabalho fácil. Os publicitários esbarram em diferenças culturais, lingüisticas e até mesmo podem ter dúvidas quanto à compreensão do trabalho em outro país.
Por isso, às vezes há uma mescla de profissionais envolvidos na campanha -com a participação de estrangeiros- se for necessário começar o projeto do zero.
"Utiliza-se da simplicidade, do senso de humor e da sensualidade. Esses são alguns dos pilares do material feito aqui", diz Jens Olesen, presidente da agência McCann-Erickson. "O trabalho nacional abusa dessa tríade para tentar ser global."
Na prática, nos casos em que uma campanha a ser exportada parte do zero, é preciso promover a interação entre cliente lá fora e agência aqui.
A equipe brasileira viaja para o exterior para pegar o "briefing" (instruções) com a equipe na agência sede -que está fazendo a ponte ou trabalhando conjuntamente- na tentativa de trocar informações. (AM)


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