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Muito material "enlatado" ainda
chega ao país
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil ainda recebe mais
campanhas estrangeiras do
que envia ao exterior. O "déficit" se mantém, afirmam os publicitários, mas a tendência é de
redução lenta. "Nós ainda recebemos muita coisa de fora. Estamos apenas começando", diz
Carlos Manga Júnior, sócio-diretor da Vertical Filmes.
A Coca-Cola, por exemplo,
aumentou seu "índice de nacionalização" de campanhas
nos últimos cinco anos, segundo a empresa. A agência internacional McCann-Erickson
passou a concentrar os trabalhos da marca veiculados no
país nos escritórios do Rio de
Janeiro e de São Paulo.
Bolar campanha para inglês
ou americano ver não chega a
ser um trabalho fácil. Os publicitários esbarram em diferenças culturais, lingüisticas e até
mesmo podem ter dúvidas
quanto à compreensão do trabalho em outro país.
Por isso, às vezes há uma
mescla de profissionais envolvidos na campanha -com a
participação de estrangeiros-
se for necessário começar o
projeto do zero.
"Utiliza-se da simplicidade,
do senso de humor e da sensualidade. Esses são alguns dos
pilares do material feito aqui",
diz Jens Olesen, presidente da
agência McCann-Erickson. "O
trabalho nacional abusa dessa
tríade para tentar ser global."
Na prática, nos casos em que
uma campanha a ser exportada
parte do zero, é preciso promover a interação entre cliente lá
fora e agência aqui.
A equipe brasileira viaja para
o exterior para pegar o "briefing" (instruções) com a equipe
na agência sede -que está fazendo a ponte ou trabalhando
conjuntamente- na tentativa
de trocar informações.
(AM)
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