DA REPORTAGEM LOCAL

A maior parte das greves (59%) feitas nos primeiros seis meses deste ano ocorreu no setor público. Das 15.158 horas paradas durante as 193 greves que ocorreram de janeiro a junho deste ano, 87% foram realizadas por servidores federais, estaduais ou municipais.
Seis em cada dez greves tiveram como motivo a busca por melhoria nos salários. Outras razões que motivaram os trabalhadores a cruzar os braços foram melhorias nos planos de cargos e salários, aumento do valor do auxílio-alimentação e cumprimentos de acordos com os empregadores.
Levantamento feito pelo Dieese mostra que quase um quarto do total de greves foi realizado pelos funcionários públicos estaduais. Em seguida, estão os municipais -responsáveis por 17% das paralisações no setor público- e os federais, com 12%.
"No setor público, as dificuldades de negociação são maiores porque envolvem mais interlocutores e por isso são de longa duração. Essa tendência tem se mantido nos últimos dois anos", afirma Ilmar Ferreira Silva, um dos técnicos responsáveis pelo estudo.
A paralisação mais longa no setor público durou 111 dias e foi realizada pelos servidores da Defensoria Pública da União. No setor privado, foi de 21 dias. Na esfera pública, as paralisações envolveram 655.678 grevistas. Na privada, 244.727.
(CLAUDIA ROLLI)


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