São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Bolsa de SP supera 42 mil pontos e bate novo recorde

Patamar histórico anterior havia sido registrado em maio; no mês, alta é de 7,15%

Ação ordinária da Eletrobrás tem valorização de 7,67%, impulsionada pelo plano do governo de promover mudanças na empresa


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez em sua história, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou seu pregão acima dos 42 mil pontos. A alta de ontem foi moderada, de 0,37%, mas bastou para que a Bovespa alcançasse um novo patamar recorde -42.069 pontos.
Neste mês, o índice Ibovespa, o mais relevante da Bolsa, registra valorização acumulada de 7,15%. Analistas ainda vêem espaço para o mercado acionário subir um pouco mais até o fim do ano.
A pontuação registrada pela Bolsa representa a oscilação dos preços de suas principais ações. A pontuação se eleva quando as ações passam, na média, a valer mais.
O recorde anterior eram os 41.979 pontos do dia 9 de maio.
Para Charles Philipp, diretor da corretora SLW, há espaço para a Bovespa chegar aos 44 mil pontos ainda em 2006. "E o pregão de hoje [ontem] foi atípico, devido ao feriado norte-americano, que costuma tirar forças do mercado", diz. Segundo Philipp, as ações da Petrobras devem se recuperar daqui para o fim do ano e ajudar a Bolsa. Os papéis da Petrobras costumam ser os mais negociados na Bolsa paulista.
O feriado de Ação de Graças fechou as Bolsas de Valores ontem nos Estados Unidos.
No pregão da Bovespa, as ações da Eletrobrás se destacaram, com valorizações de 7,67% (ON) e 4,07% (PNB). Segundo analistas, há expectativa de que o governo realize modificações que beneficiem a Eletrobrás como empresa de capital aberto, tornando-a mais atrativa na Bolsa.
Ontem, a Bovespa divulgou que o balanço mensal das operações feitas pelos investidores estrangeiros com ações brasileiras está positivo em R$ 421 milhões, até o dia 17.

Câmbio
O dólar registrou o sexto pregão seguido de alta. Nas operações de ontem, a valorização foi branda, de 0,09%, com a moeda vendida a R$ 2,169 no término dos negócios. Como as altas dos últimos dias foram pequenas, a moeda está abaixo dos R$ 2,17 registrados na segunda-feira da semana passada.
Para o fim do ano, a projeção média do mercado, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central, é que a moeda americana esteja em R$ 2,15. Ou seja, não há expectativa de que o dólar vá passar a subir de forma preocupante.


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