São Paulo, Sexta-feira, 24 de Dezembro de 1999


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INDICADORES
Em novembro, ganhos sobem 0,4%, e despesas, 0,5%
Norte-americanos ganham mais e aumentam os gastos


das agências internacionais

Os rendimentos e os gastos dos norte-americanos continuaram a subir no mês passado, informou ontem o Departamento de Comércio dos EUA. As encomendas de bens duráveis voltaram a crescer, depois de dois meses de recuo.
Os rendimentos pessoais registraram uma alta de 0,4% no mês passado, e os gastos pessoais, de 0,5%. Os indicadores ficaram no patamar estimado por analistas.
Em ambos os casos, houve uma desaceleração em comparação a outubro, quando os rendimentos pessoais tiveram um crescimento de 1,3%, e os gastos, de 0,7%.
O índice de gastos pessoais é acompanhado com especial atenção pelos economistas, pois as despesas dos consumidores norte-americanos correspondem a dois terços da atividade econômica dos EUA.
Os gastos pessoais em novembro ficaram 7,6% acima do que foi registrado no mesmo mês de 1998. Foi o maior aumento anual em mais de uma década.

Bens duráveis
Em outro informe divulgado ontem, o Departamento do Comércio informou que os pedidos de bens duráveis subiram 1,2% no mês passado, depois de dois meses de recuo. O crescimento foi maior do que o 1% que estava sendo esperado pelo mercado.
Analistas avaliaram que o índice de bens duráveis de novembro reforça a tese de aquecimento do setor manufatureiro e pode convencer o Federal Reserve, o banco central norte-americano, a aumentar as taxas de juros no começo do próximo ano.
Em sua última reunião de 1999, o Fed decidiu manter os juros em 5,5% ao ano e viés neutro.
Analistas avaliam que o banco central norte-americano só não alterou seus juros mais uma vez este ano por causa das preocupações com as possíveis perdas provocadas pelo bug do milênio.
O Fed aumentou os juros três vezes este ano, de 4,75% para os atuais 5,5% ao ano. A próxima reunião sobre política monetária será em fevereiro.
Na quarta-feira, o governo informou que o PIB do terceiro trimestre cresceu mais que o anunciado. Em vez dos 5,5% que haviam sido divulgados, a economia avançou 5,7%.

Emprego
Ontem, o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA subiram em 14 mil para um volume de 281 mil na semana passada, nível que caracteriza aquecimento no mercado de trabalho.
A Bolsa de Nova York reagiu com alta ao anúncio dos indicadores. Investidores continuam apostando no aumento da demanda por computadores e produtos de alta tecnologia.
No mercado de renda fixa, não houve impacto. Os títulos da dívida norte-americana continuaram em queda. Os juros dos T-bonds subiram a 6,46%.


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