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FUSÃO
Vodafone faz
oferta de
US$ 130 bi
FÁBIO ZANINI
de Londres
A britânica Vodafone, maior
operadora de telefonia celular da
Europa, apresentou ontem uma
proposta de compra de sua rival
alemã Mannesmann no valor de
US$ 130 bilhões.
Se aceito, o lance resultaria na
maior fusão entre empresas da
história, US$ 15 bilhões maior do
que a atual recordista, a união entre as norte-americanas Sprint e
MCI, também no setor de telefonia, anunciada há três meses.
O lance da Vodafone é "hostil",
já que é rejeitado expressamente
pela diretoria da empresa alemã e
pelos funcionários.
Mas quem vai decidir a questão
são os acionistas da Mannesmann, para quem a proposta é direcionada.
Eles deteriam 47,2% do capital
de uma eventual nova empresa
surgida da fusão, que teria mais
de 30 milhões de clientes em praticamente todos os países da Europa ocidental. A Vodafone espera uma resposta até o dia 7 de fevereiro.
A disputa pelo comando da
Mannesmann vem desde outubro, quando uma primeira proposta da Vodafone foi recusada
pela diretoria da empresa alemã.
Em outubro, a Mannesmann surpreendeu ao anunciar, repentinamente, a compra da Orange, terceira maior companhia de telefonia celular britânica.
Ironicamente, este negócio terá
de ser desfeito caso a proposta da
Vodafone seja bem-sucedida, por
determinação das leis britânicas
que regulam a competição.
Mas a maior dificuldade para a
Vodafone será enfrentar a legislação alemã, que não reconhece
"lances hostis" -tanto que eles
nunca tiveram sucesso no país. O
governo alemão também se posiciona contrariamente à concretização do negócio.
A proposta de compra da Vodafone contribuiu para que a Bolsa
de Londres fechasse ontem com
alta de 0,7%.
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