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ENERGIA
Novo valor do produto vendido às distribuidoras será válido a partir de janeiro
Preço do gás boliviano será reduzido
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Petrobras, José
Eduardo Dutra, anunciou ontem
a redução no preço do gás importado da Bolívia vendido às distribuidoras em seis Estados. A estatal espera que as distribuidoras
baixem o preço do produto vendido aos consumidores.
Válido a partir de janeiro, o novo preço será de US$ 2,70 por milhão de BTU (unidade de medida
do gás). Hoje, é de US$ 3,36 por
milhão de BTU.
A redução está condicionada ao
aumento do consumo. Só terão
direito ao benefício as distribuidoras que ampliarem o volume
comprado da Petrobras.
A estatal espera que todas as
distribuidoras ampliem o consumo e repassem o ganho aos consumidores do produto (indústrias, residências, postos de combustível e usinas termelétricas).
A nova fórmula vale para São
Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e
Rio Grande do Sul. São os Estados
abastecidos pelo gás boliviano.
Todo o consumo adicional será
vendido pelo novo preço, mais
baixo. Caso as distribuidoras ampliem o volume adquirido em
40%, também haverá queda do
preço base, que incide sobre a
parcela que já é consumida atualmente pelas companhias.
Um exemplo: se a distribuidora
elevar em 40% seus pedidos, o
preço de referência cairá para US$
3,28 por milhão de BTU. Haverá,
com isso, uma queda de 7% no
preço médio (considerando a
parcela cobrada pelo preço base e
mais a adicional no consumo).
Se consumo crescer 100%, haverá queda de 17% no preço do produto. O valor de referência também será menor: R$ 2,86.
"Quanto maior o consumo, menor o preço médio de venda",
afirmou Dutra. Segundo ele, a Petrobras quer "repassar esses ganhos aos consumidores sempre
que conseguir fechar acordos tanto em relação ao preço do gás como ao transporte".
Com o preço menor, a Petrobras espera ampliar o consumo
de gás em 8 milhões de metros cúbicos/dia já em 2004.
Se atingir o objetivo, a importação de gás da Bolívia crescerá dos
atuais 15 milhões de metros cúbicos/dia para 23 milhões. Chegará,
portanto, perto do que a estatal é
hoje obrigada a importar: 24 milhões de metros cúbicos/dia.
Pelas regras do contrato firmado com os produtoras na Bolívia,
a Petrobras tem que pagar por esse volume, mesmo que não consiga vendê-lo às distribuidoras.
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