UOL


São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ENERGIA

Novo valor do produto vendido às distribuidoras será válido a partir de janeiro

Preço do gás boliviano será reduzido

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, anunciou ontem a redução no preço do gás importado da Bolívia vendido às distribuidoras em seis Estados. A estatal espera que as distribuidoras baixem o preço do produto vendido aos consumidores.
Válido a partir de janeiro, o novo preço será de US$ 2,70 por milhão de BTU (unidade de medida do gás). Hoje, é de US$ 3,36 por milhão de BTU.
A redução está condicionada ao aumento do consumo. Só terão direito ao benefício as distribuidoras que ampliarem o volume comprado da Petrobras.
A estatal espera que todas as distribuidoras ampliem o consumo e repassem o ganho aos consumidores do produto (indústrias, residências, postos de combustível e usinas termelétricas).
A nova fórmula vale para São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. São os Estados abastecidos pelo gás boliviano.
Todo o consumo adicional será vendido pelo novo preço, mais baixo. Caso as distribuidoras ampliem o volume adquirido em 40%, também haverá queda do preço base, que incide sobre a parcela que já é consumida atualmente pelas companhias.
Um exemplo: se a distribuidora elevar em 40% seus pedidos, o preço de referência cairá para US$ 3,28 por milhão de BTU. Haverá, com isso, uma queda de 7% no preço médio (considerando a parcela cobrada pelo preço base e mais a adicional no consumo).
Se consumo crescer 100%, haverá queda de 17% no preço do produto. O valor de referência também será menor: R$ 2,86.
"Quanto maior o consumo, menor o preço médio de venda", afirmou Dutra. Segundo ele, a Petrobras quer "repassar esses ganhos aos consumidores sempre que conseguir fechar acordos tanto em relação ao preço do gás como ao transporte".
Com o preço menor, a Petrobras espera ampliar o consumo de gás em 8 milhões de metros cúbicos/dia já em 2004.
Se atingir o objetivo, a importação de gás da Bolívia crescerá dos atuais 15 milhões de metros cúbicos/dia para 23 milhões. Chegará, portanto, perto do que a estatal é hoje obrigada a importar: 24 milhões de metros cúbicos/dia.
Pelas regras do contrato firmado com os produtoras na Bolívia, a Petrobras tem que pagar por esse volume, mesmo que não consiga vendê-lo às distribuidoras.


Texto Anterior: Fraudes do capital: Parmalat decide pedir concordata
Próximo Texto: Luís Nassif: FX a e Embraer
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.