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Cidades reclamam de custo do piso
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, encontrou-se ontem com o relator do
Orçamento para 2006, deputado
Carlito Merss (PT-SC), para argumentar que o aumento do salário
mínimo para R$ 350 a partir de
abril provocará um gasto extra de
R$ 1,1 bilhão nas contas das prefeituras, prejudicando cidades
que têm dificuldades financeiras.
"Todos nós queremos o aumento do salário mínimo. Por mim, o
valor poderia ser uns R$ 1.500 por
mês. O problema é que os pequenos municípios não têm como
pagar", disse Ziulkoski.
De acordo com levantamento
produzido pela CNM, atualmente
363 municípios já gastam com
pessoal mais do que os 54% da receita permitidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. "Agora,
com o aumento do mínimo para
R$ 350, o número de municípios
nessa situação aumentará para
850", disse o presidente da CNM.
Segundo Ziulkoski, a saída para
o problema seria a criação de um
fundo que tivesse como objetivo
cobrir a conta dos municípios
com dificuldades de realizar o pagamento do novo salário mínimo.
Merss descartou a proposta do
presidente da CNM. "Não vejo
como poderíamos criar esse fundo agora", disse o parlamentar.
Muitas vezes o próprio governo
argumenta não poder dar um aumento maior do mínimo porque
os prefeitos reclamam. O presidente da CNM lembrou que o
descumprimento da lei rende
problemas aos municípios, como
multas e o corte de investimentos
da União. O prefeito que descumprir a legislação corre o risco de
perder os direitos políticos.
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