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EQUIPE ECONÔMICA
Sabatina de indicado ao comando do BC deve durar até seis horas
Armínio Fraga será ouvido pelos senadores amanhã
RAQUEL ULHÔA
da Sucursal de Brasília
O presidente
indicado do
Banco Central,
Armínio Fraga,
será submetido
amanhã, a partir
das 9h, à arguição pública na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Os senadores governistas montaram um esquema para tentar favorecer o desempenho de Armínio.
Já a oposição planeja explorar as
relações do economista com o
mercado financeiro e a política de
juros altos.
Os cinco novos diretores indicados para o Banco Central também
serão sabatinados na mesma sessão da CAE, que poderá durar de
cinco a seis horas, segundo previsão do senador Fernando Bezerra
(PMDB-RN), eleito ontem presidente da CAE.
Prevendo uma sessão agitada,
Bezerra avisou que não vai "permitir tumultos" e que vai controlar as
intervenções dos senadores.
O governo tem segurança quanto
à aprovação dos nomes, já que tem
22 dos 27 votos na CAE e a maioria
no plenário (a oposição tem apenas 14 dos 81 senadores). Mas quer
usar a arguição para convencer a
opinião pública da competência de
Fraga e acalmar o mercado.
Os próprios aliados farão perguntas sobre as ligações de Armínio com o megainvestidor George
Soros (seu patrão até a indicação
para o BC) e as recentes denúncias
-não comprovadas- a respeito
de vazamento de informações ao
mercado financeiro.
Ontem, em apenas dez minutos
depois de aberta a inscrição, mais
de 20 senadores se inscreveram para fazer perguntas a Armínio e aos
demais diretores. O petista Eduardo Suplicy (PT-SP) terá de reduzir
as "três laudas" que elaborou com
perguntas que gostaria de fazer.
Além de Armínio Fraga, serão sabatinados os seguintes diretores indicados: Daniel Gleizer (Assuntos Internacionais), Luiz Fernando Figueiredo
(Política Monetária), Sérgio Werlang (Política
Econômica), Luiz Carlos Alvarez (Fiscalização) e
Edison Bernardes (Administração).
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