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ACM e Armírio Fraga, que será sabatinado no Senado amanhã

da Sucursal de Brasília

O economista Armínio Fraga afirmou ontem que se preparou a "vida inteira" para ser presidente do Banco Central e que está pronto para responder às perguntas dos senadores.
"Estou lendo, mas me preparei a vida inteira para isso", disse o economista, quando questionado sobre como estava se preparando para a arguição. "Estou preparado. Será a sabatina que os senadores quiserem", completou.
Armínio provocou tumulto nos corredores do Senado, no final da tarde, quando foi fazer visita de cortesia ao presidente da Casa, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e aos líderes partidários. É praxe que candidatos a cargos que precisem da aprovação do Senado visitem o presidente e os líderes.
Assediado pela imprensa, o economista circulou entre um gabinete e outro cercado de seguranças. Não parou para dar entrevista, mas não se recusou a responder às perguntas feitas. Chegou a repreender um segurança que tentava afastar os jornalistas.
Armínio estava acompanhado dos cinco novos diretores indicados para o BC. Eles chegaram às 17h30 ao Senado. Ficaram cerca de meia hora no gabinete de ACM. "É um gesto de cortesia que recebo muito bem", disse o senador.
O presidente nacional do PMDB e líder de sua bancada no Senado, Jader Barbalho (PA), foi o segundo a ser visitado. Jader prometeu a Armínio "todo o apoio" do PMDB.
Armínio foi indagado sobre as denúncias do deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) de que bancos privados teriam se beneficiado com a alta do dólar por terem recebido informação privilegiada. "Não estou a par de nada", respondeu.
Disse, porém, que falará "abertamente" sobre suas relações com o megainvestidor George Soros. (RAQUEL ULHÔA
e FERNANDO GODINHO)

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