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Governo negocia US$ 1,5 bi com Bird
ISABEL VERSIANI
enviada especial a Washington
O governo brasileiro está negociando para receber, em março,
US$ 1,5 bilhão em empréstimo do
Bird (Banco Mundial). O financiamento faz parte do pacote de ajuda
ao Brasil de US$ 41,5 bilhões negociado com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Parte da missão brasileira que está em Washington rediscutindo
com o Fundo os termos do acordo
passou a terça-feira reunida no
Bird acertando os detalhes do empréstimo.
O dinheiro do banco será usado
para reforçar as reservas do Banco
Central. Pelas regras do financiamento, os recursos não poderão
ser trocados por reais.
O Bird se comprometeu a emprestar um total de US$ 4,5 bilhões
ao Brasil como parte do pacote de
ajuda internacional ao país. Desse
total, US$ 1,5 bilhão foi aprovado
pelo banco em dezembro e o seu
desembolso está dependendo da
aprovação do financiamento pelo
Senado brasileiro.
O BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento), que também
participa do pacote de ajuda ao
Brasil, adiou a aprovação de um
empréstimo de US$ 3,4 bilhões ao
país, prevista para acontecer ontem.
A apreciação do financiamento
pela diretoria do banco foi prorrogada, de acordo com a instituição,
por questões de agenda interna.
O BID não informou o dia exato
em que deve acontecer a aprovação, mas divulgou que ela deverá
ocorrer antes do dia 15, quando começa a reunião anual da instituição.
Ao contrário do empréstimo do
Bird, os recursos do BID estão
atrelados a projetos específicos.
Segundo o banco, do total de US$
3,4 bilhões, US$ 2,2 bilhões devem
ser destinados a projetos na área
de seguridade social e US$ 1,2 bilhão para o financiamento de pequenas e médias empresas.
Ontem, um porta-voz do FMI
afirmou que a instituição estava
"otimista" com a perspectiva de a
renegociação do acordo com o
Brasil ser concluída até o final desta semana.
A conclusão das negociações deve viabilizar a liberação de uma segunda parcela de US$ 9 bilhões.
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