|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Maior desafio
é acabar com as filas", diz Jucá
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Previdência,
Romero Jucá (PMDB-RR),
afirmou ontem que o combate
às filas nos postos de atendimento a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) será o
maior desafio de sua administração na pasta. Seu antecessor
e também peemedebista, Amir
Lando, prometeu o mesmo
quando assumiu o cargo, em
janeiro do ano passado.
Uma das maiores queixas
dos usuários do INSS é que é
preciso chegar de madrugada
nos postos -e mesmo assim
não há certeza de ser atendido
no mesmo dia.
"É o maior desafio público
que nós podemos ter. Vamos
enfrentar a fila melhorando o
sistema tecnológico, descentralizando o atendimento, criando modelos mais inteligentes
que não concentrem a demanda de determinado serviço em
um único lugar. Não é fácil acabar com as filas, pois, se fosse,
elas teriam sido eliminadas antes. É um problema para o país
e para o cidadão."
Apesar de apontar o tema como prioritário, Jucá admitiu
não ter um plano emergencial
de ação. E não quis estipular
um prazo para sanar o problema, nem mesmo antecipar se
irá ou não aumentar o horário
de atendimento nos postos
-que hoje é de apenas meio
expediente.
"O horário [de atendimento]
será fruto do modelo que formos discutir. Se mudar o horário resolvesse, com certeza já
teria sido mudado. Não é só a
mudança de horário, há outras
questões [como a falta de funcionários] que precisam ser
ajustadas."
Valorização dos bons
Durante a entrevista, no Palácio do Planalto, Jucá soltou algumas frases de efeito para demonstrar que será duro no
combate às fraudes.
"Os bons funcionários e os
bons dirigentes serão valorizados. Os maus dirigentes e os
maus funcionários serão afastados (...). Se algum empresário
e algum dos senhores [jornalistas] for procurado por algum
servidor querendo vender facilidades, denuncie ao ministério
e chame a Polícia Federal."
E negou que o ministério venha a ser loteado por integrantes do PMDB. "Fui nomeado
por uma questão de partido.
Mas isso não quer dizer que cada cargo do ministério será
preenchido por alguém do
meu partido ou eu irei retirar
alguém que não é do meu partido. Servidores e dirigentes
têm de fazer um trabalho técnico."
(HM, EDS E LC)
Texto Anterior: Pacote tenta reduzir rombo da Previdência Próximo Texto: Opinião econômica - Luiz Carlos Mendonça de Barros: Nuvens no horizonte... Índice
|