São Paulo, sexta-feira, 25 de março de 2005

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"Maior desafio é acabar com as filas", diz Jucá

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ontem que o combate às filas nos postos de atendimento a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) será o maior desafio de sua administração na pasta. Seu antecessor e também peemedebista, Amir Lando, prometeu o mesmo quando assumiu o cargo, em janeiro do ano passado.
Uma das maiores queixas dos usuários do INSS é que é preciso chegar de madrugada nos postos -e mesmo assim não há certeza de ser atendido no mesmo dia.
"É o maior desafio público que nós podemos ter. Vamos enfrentar a fila melhorando o sistema tecnológico, descentralizando o atendimento, criando modelos mais inteligentes que não concentrem a demanda de determinado serviço em um único lugar. Não é fácil acabar com as filas, pois, se fosse, elas teriam sido eliminadas antes. É um problema para o país e para o cidadão."
Apesar de apontar o tema como prioritário, Jucá admitiu não ter um plano emergencial de ação. E não quis estipular um prazo para sanar o problema, nem mesmo antecipar se irá ou não aumentar o horário de atendimento nos postos -que hoje é de apenas meio expediente.
"O horário [de atendimento] será fruto do modelo que formos discutir. Se mudar o horário resolvesse, com certeza já teria sido mudado. Não é só a mudança de horário, há outras questões [como a falta de funcionários] que precisam ser ajustadas."

Valorização dos bons
Durante a entrevista, no Palácio do Planalto, Jucá soltou algumas frases de efeito para demonstrar que será duro no combate às fraudes.
"Os bons funcionários e os bons dirigentes serão valorizados. Os maus dirigentes e os maus funcionários serão afastados (...). Se algum empresário e algum dos senhores [jornalistas] for procurado por algum servidor querendo vender facilidades, denuncie ao ministério e chame a Polícia Federal."
E negou que o ministério venha a ser loteado por integrantes do PMDB. "Fui nomeado por uma questão de partido. Mas isso não quer dizer que cada cargo do ministério será preenchido por alguém do meu partido ou eu irei retirar alguém que não é do meu partido. Servidores e dirigentes têm de fazer um trabalho técnico." (HM, EDS E LC)


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