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Jaques Wagner diz que
União não vai interferir
SEBASTIÃO MONTALVÃO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM GOIÂNIA
O ministro do Trabalho, Jaques
Wagner, afirmou ontem em
Goiânia (GO) que o governo federal não vai intervir nos movimentos grevistas pelo país. Para ele,
empresas e trabalhadores deverão
buscar o acordo. "A relação entre
capital e trabalho é livre. O governo só acompanha. Não interfere."
Mas, se não houver um acordo
até a próxima semana, o ministério pode procurar os sindicatos de
metalúrgicos e as montadoras para tentar mediar um acordo, segundo o secretário de Relações do
Trabalho, Osvaldo Bargas.
"Esperamos que a situação se
resolva até lá e sem a participação
do governo. Caso contrário, vamos entrar em contato com as
partes e nos oferecer para a mediação", declarou.
O próprio ministro confirmou a
existência de uma estrutura de
acompanhamento dos movimentos e afirmou que o ministério está à disposição das partes para
tentar encontrar a mediação.
Wagner também avalia que não
existe uma onda grevista nos primeiros meses da administração
petista, no que é acompanhado
por Bargas e pelo presidente nacional do PT, José Genoino.
"Não vejo nenhuma relação entre esses fatores [...]. Acredito que
a "novidade das greves" foi um fato
marcante na década de 80, com o
regime militar. Hoje elas acontecem no governo de PT, PSDB,
PMDB, PFL ou qualquer outro
partido", disse o ministro.
Segundo Genoino, as greves recentes nas montadoras por reajustes salariais são "normais" e
contam com o apoio do partido.
Para ele, o governo "não deve intervir nem se meter" nas reivindicações trabalhistas.
Jaques Wagner disse que o movimento grevista que poderia causar mais preocupação ao governo
seria o do serviço público federal.
"Nesse caso, haveria ingerência
direta do governo. As demais
[greves", em qualquer segmento
econômico, para nós são encaradas com normalidade. É lógico
que preferia que o entendimento
fosse na negociação."
Com a Sucursal de Brasília
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