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outro lado
Globo diz que visa explorar
novo mercado para celular
Empresa afirma que usuário paga por boletim e que "provavelmente não haverá lucro'
DA SUCURSAL DO RIO
A Globosat, empresa das Organizações Globo responsável
pela ""Seleção do Faustão", declarou em nota que sua intenção ao lançar a série de prêmios
é criar um mercado para a difusão de conteúdos informativos
pela telefonia celular.
Segundo a nota, a Globosat e
a Editora Globo desenvolveram um "produto jornalístico"
para utilização em telefonia
móvel: o boletim de notícias,
produzido pelo SporTV, a respeito de fatos e curiosidades relativos às Copas do Mundo.
Para comercializar o produto, diz que foram contratadas
empresas de telefonia celular
em todo o território nacional.
"O que o usuário paga com os
R$ 4,00 é apenas o recebimento do boletim semanal, não a ligação telefônica", afirmou a
empresa.
Uma ligação por semana
Afirmou que, por iniciativa
dos organizadores, os usuários
só podem fazer uma ligação por
semana.
A empresa afirma que os sorteios de prêmios (no total de R$
12 milhões) são uma forma de
promover a venda dos boletins
e que são auditados pela Mattar
& Associados e pela Caixa Econômica Federal.
A Globosat diz que seu objetivo foi também experimentar
a convergência com as novas
mídias e, por meio da interatividade, "criar um envolvimento maior com o tema Copa do
Mundo".
Ela informou que, até sexta-feira, havia recebido 15 milhões
de ligações e que prevê atingir
entre 20 milhões e 25 milhões
de ligações até o final da Copa.
"Não há meta definida, pois é a
primeira vez que realizamos
uma promoção nesse formato",
disse a empresa.
Sem lucro
A Globosat disse que contratou a TV Globo para produzir
os vídeos e veicular as propagandas. Afirmou que a receita
apurada com a venda dos boletins é gasta com a produção de
filmes, compra de prêmios e de
mídia (no caso, a própria TV
Globo). "Provavelmente, não
haverá lucro", afirmou a companhia.
Segundo a Globosat, como os
boletins chegam aos usuários
pelo telefone celular, um dos
objetivos da promoção é criar
um mercado para esse tipo de
produto.
A empresa argumenta que
está "ensinando e difundindo o
uso da mensagem de texto como forma de aquisição de produtos através de aparelhos celulares".
Por fim, diz que a decisão de
compra é do consumidor.
(ELVIRA LOBATO)
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