DA REPORTAGEM LOCAL

Para as indústrias que estão tentando achar o produto certo para colocar nas prateleiras, o Provar tem algumas sugestões: marcas de iogurtes, cervejas, refrigerantes, biscoitos e congelados não são escolhidas na hora da compra. Os consumidores já saem de casa com elas na cabeça.
Pelo estudo do Provar, pouco mais de 80% dos consumidores já chegam aos supermercados com o nome de sua bebida preferida em mente. No caso dos homens, 86% têm a marca definida antes.
Quanto às mulheres, cerca de 71% delas já saem de casa com a marca do biscoito que pretendem adquirir. O mesmo ocorre com as pessoas que gostam de produtos refrigerados. Seis entre cada dez consumidoras optam pelas marcas tradicionais e escolhem o produto antes de ir ao supermercado.
A disputa pelo bolso do consumidor pode ser menos cruel no caso dos produtos de beleza, doces, chocolates, salgadinhos e petiscos. Cerca de 43% das mulheres, grandes usuárias de cremes e perfumes, definem o item que querem antes de chegar ao supermercado; a maioria delas (57%) escolhe a marca na última hora. Entre os homens, a taxa é quase a mesma: 45,7% deles têm a marca definida antes de ir às lojas.
A compra de itens como batata frita e amendoins também é feita de forma mais aleatória. Sete em cada dez consumidoras -e seis entre cada dez consumidores- só decidem o que vão levar quando param na frente da prateleira do supermercado.
"Sem campanha, não se vende. A marca precisa ser lembrada com frequência. Por isso vale tudo: trabalhar com a degustação do produto no ponto-de-venda, mudar embalagem, explicar o que é o produto para o consumidor", afirma Gabriel João Cherubini, diretor vice-presidente da Yoki, que lançou linha de salgadinhos.
No início deste ano, um estudo demostrou como é possível perceber a força das campanhas de publicidade na hora de decidir a marca preferida: 2,5 milhões de brasileiros escolheram os nomes em pesquisa da Abap, associação que representa as agências de propaganda. Alguns destaques: o Carrefour foi mais lembrado que o Extra, a marca Veja aparece no lugar da Bombril e a Colgate pegou o posto da Kolynos. Em alguns casos, as alterações são uma consequência da redução nos investimentos em mídia de algumas empresas, informa a Abap.
(AM e FF)


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