São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002

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Empresa precisa ter juros baixos e pouca burocracia

DA REPORTAGEM LOCAL

A empresa de microcrédito, para cumprir seu papel de alavancar o desenvolvimento dos que a ela recorrem, deve ter duas características: juros baixos e facilidades burocráticas para efetuar os empréstimos.
Os juros estão hoje na média em 4,6% ao mês, contra os mais de 13% das financeiras ditas populares e dos cerca de 8% dos empréstimos pessoais dos bancos.
Quanto às garantias, o microcrédito exige um avalista, mínimo de seis meses de atividade e o parecer do agente de crédito, que vai avaliar o negócio do cliente, sua capacidade de pagamento e suas potencialidades. Nada de contrato social ou declaração de renda, por exemplo.
Cumprindo esses requisitos, a empresa de crédito pode participar de um programa do BNDES que dispõe de R$ 58 milhões.
Atualmente, 32 empresas se beneficiam do programa. Dessas, 28 são ONGs, uma é cooperativa agrícola e três, empresas de crédito, que lucram com o empréstimo aos microempreendedores e distribuem os resultados entre os sócios. Há mais 20 dessas empresas de crédito se habilitando para operar.
Segundo Beatriz Azeredo, diretora da área social do BNDES, o juro que o microempreendedor paga "é muito menor que o do mercado, ao qual, aliás, esse comerciante muitas vezes informal não tem acesso. Ele é punido por não ter acesso ao crédito e ao ter de pagar juros embutidos nos preços das mercadorias". (LC)


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