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São Paulo cria novas vagas, mas
taxa tem nível histórico de 14,9%
DA SUCURSAL DO RIO
A crise no mercado de trabalho
atingiu em cheio o coração econômico do país: São Paulo registrou
em agosto a maior taxa de desemprego desde que o IBGE iniciou a
nova Pesquisa Mensal de Emprego, em outubro de 2001. O desemprego ficou em 14,9% em agosto,
contra 14,5% em julho.
Em relação a agosto de 2002,
quando a taxa havia sido de
13,1%, o desemprego subiu 1,8
ponto percentual.
Assim como na média das seis
regiões, o avanço do desemprego
em São Paulo se explica pela
maior procura por um posto de
trabalho, que não é compensada
pelo crescimento de vagas.
A região metropolitana de São
Paulo respondeu pela maior parte
do aumento do número de desocupados [pessoas à procura de
trabalho] nas seis regiões: foram
mais 226 mil sem trabalho de
agosto de 2002 para agosto de
2003, um aumento de 20,3%. Nas
seis regiões pesquisadas pelo IBGE, foram mais 399 mil pessoas
sem emprego.
Ainda que insuficientes para absorver toda a demanda, foram
criadas novas vagas em São Paulo.
Houve, em agosto, um aumento
de 3,9% no total de pessoas ocupadas, na comparação com igual
período de 2002.
É São Paulo que dá o tom da
pesquisa de emprego do IBGE. Isso porque a região representa cerca de 40% do total de domicílios
visitados mensalmente -em
agosto, foram 37 mil.
Apesar de recorde, a taxa de São
Paulo não foi a maior. Em Salvador, o desemprego alcançou
17,6%, numa das maiores marcas
já registradas na região metropolitana. Em Recife, a taxa também
supera a de São Paulo: 15%.
Os menores níveis de desemprego são os de Porto Alegre, onde a taxa ficou em 9,8% em agosto, e do Rio de Janeiro -9,5%.
Metodologia
Uma vez por mês, os pesquisadores do instituto visitam cerca de
38.500 domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do
país -Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo-, levam em conta a população acima de dez anos
de idade e fazem as projeções.
Quem não procurou emprego
ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como
desempregado.
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