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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

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São Paulo cria novas vagas, mas taxa tem nível histórico de 14,9%

DA SUCURSAL DO RIO

A crise no mercado de trabalho atingiu em cheio o coração econômico do país: São Paulo registrou em agosto a maior taxa de desemprego desde que o IBGE iniciou a nova Pesquisa Mensal de Emprego, em outubro de 2001. O desemprego ficou em 14,9% em agosto, contra 14,5% em julho.
Em relação a agosto de 2002, quando a taxa havia sido de 13,1%, o desemprego subiu 1,8 ponto percentual.
Assim como na média das seis regiões, o avanço do desemprego em São Paulo se explica pela maior procura por um posto de trabalho, que não é compensada pelo crescimento de vagas.
A região metropolitana de São Paulo respondeu pela maior parte do aumento do número de desocupados [pessoas à procura de trabalho] nas seis regiões: foram mais 226 mil sem trabalho de agosto de 2002 para agosto de 2003, um aumento de 20,3%. Nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, foram mais 399 mil pessoas sem emprego.
Ainda que insuficientes para absorver toda a demanda, foram criadas novas vagas em São Paulo. Houve, em agosto, um aumento de 3,9% no total de pessoas ocupadas, na comparação com igual período de 2002.
É São Paulo que dá o tom da pesquisa de emprego do IBGE. Isso porque a região representa cerca de 40% do total de domicílios visitados mensalmente -em agosto, foram 37 mil.
Apesar de recorde, a taxa de São Paulo não foi a maior. Em Salvador, o desemprego alcançou 17,6%, numa das maiores marcas já registradas na região metropolitana. Em Recife, a taxa também supera a de São Paulo: 15%.
Os menores níveis de desemprego são os de Porto Alegre, onde a taxa ficou em 9,8% em agosto, e do Rio de Janeiro -9,5%.

Metodologia
Uma vez por mês, os pesquisadores do instituto visitam cerca de 38.500 domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do país -Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo-, levam em conta a população acima de dez anos de idade e fazem as projeções.
Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado.


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