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Mineradora e Petrobras animam investidor, e Bolsa sobe 0,69%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações da Vale do Rio Doce
e da Petrobras sustentaram a
valorização da Bolsa de Valores
de São Paulo ontem. Os papéis
das duas empresas, responsáveis por 36% de todo o volume
negociado ontem, lideraram as
altas e permitiram que a Bovespa subisse 0,69%.
Com o resultado de ontem, a
Bovespa passou a acumular valorização de 8,37% no mês.
Ontem o índice Ibovespa encerrou o dia a 39.498 pontos,
maior patamar desde 12 de
maio. O recorde histórico da
Bovespa foi atingido no dia 9 de
maio (41.979 pontos).
As ações da Vale do Rio Doce
subiram amparadas na notícia
de que a companhia comprou
cerca de 75% do capital da canadense Inco, tornando-se a
segunda maior mineradora do
mundo. A ação ordinária da Vale liderou as altas na Bolsa paulista, com 4,63% de ganho. O
papel preferencial "A" da companhia subiu 3,14%.
Já as ações da Petrobras ganharam ânimo com a elevação
do preço do petróleo no mercado externo. Os papéis da Petrobras subiram 2,57% (ON) e
2,39% (PN).
Se dependesse do cenário externo, a Bovespa poderia ter
encerrado o dia em baixa. Sem
notícias positivas que animassem o mercado financeiro,
muitos investidores se desfizeram de ações lá fora. A Bolsa
eletrônica Nasdaq perdeu
0,46%, e o índice Dow Jones teve pequena elevação de 0,09%.
Na primeira hora de pregão, a
Bovespa chegou a operar em
queda de 0,35%.
Na tarde de hoje, a atenção
do mercado global estará voltada à decisão do Fomc (o comitê
do banco central norte-americano que define os juros básicos do país).
Segundo análise feita pela
LCA Consultores, não há "divergências de expectativas
quanto à taxa que será fixada",
pois o mercado trabalha há
tempos à espera da manutenção dos juros americanos em
5,25% ao ano.
"Mas há incertezas quanto ao
tom que o Fed [o BC dos EUA]
adotará no comunicado que
emite após a decisão. Isso porque nas últimas semanas o
mercado tem sido surpreendido com declarações conservadoras da autoridade monetária.
De maneira geral, a maioria dos
diretores do Fed tem revelado
desconforto com a inflação",
afirma a LCA.
Em maio, foi exatamente o
tom conservador da nota que o
Fed divulgou após sua reunião
que levou o mercado acionário
global a entrar em um período
de ajustes, que puniu especialmente as Bolsas de emergentes, como o Brasil.
Superados os maiores temores em relação ao futuro da política monetária americana, a
Bovespa começou a se recuperar da saída de capital externo
-que a afetou entre maio e
agosto- no mês passado. Neste
mês, a entrada de dinheiro estrangeiro no pregão local tem
crescido continuamente.
No dia 18, o saldo mensal dos
negócios estrangeiros na Bolsa
estava positivo em R$ 562 milhões. No dia 19, o balanço mostrava entrada líquida de
R$ 603,5 milhões.
Em alta
O dólar registrou alta ontem
de 0,51%, indo a R$ 2,151. Mas,
no mês, a moeda norte-americana ainda registra baixa diante
do real, de 0,92%.
Apesar da elevação de ontem,
o dólar segue abaixo das projeções médias das instituições financeiras para a moeda no fim
de 2006, que é de R$ 2,18.
Segundo operadores do mercado de câmbio, a autoridade
monetária tem comprado nos
últimos dias montantes maiores de dólares dos bancos em
suas intervenções diárias, o que
tem evitado que a moeda estrangeira estrangeira desça
abaixo dos R$ 2,10.
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