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Petrobrás poderá ter prejuízo
da Sucursal do Rio
A decisão do governo de não
repassar ao consumidor o aumento de gastos com importações de petróleo e derivados
provocado pela desvalorização
cambial, além do possível impacto negativo no ajuste fiscal,
vai tirar dinheiro do caixa da
Petrobrás.
O dinheiro arrecadado pelo
Tesouro com a PPE (Parcela de
Preço Específico) é usado, na
sua maior parte, para cobrir
subsídios ainda existentes no
setor e para pagar à estatal débitos da União com ela, acumulados do tempo em que a Petrobrás cobria esses subsídios.
A PPE é uma parcela variável
que fica entre o valor pago à Petrobrás pelos combustíveis refinados e o preço de venda dos
produtos aos distribuidores, fixado pelo governo.
Quanto mais o petróleo importado fica barato, mais o valor pago à Petrobrás baixa, e
mais a PPE fica maior. Nos últimos tempos, com a queda do
preço do óleo, a PPE vinha gerando cerca de US$ 400 milhões por mês.
²
Preço fixo
Quando o governo decide
manter fixo o preço de venda às
distribuidoras, mesmo com o
aumento de custos da estatal,
reduz a parcela da PPE e, consequentemente, o valor que ele
tem para pagar suas dívidas
com a Petrobrás.
Se a desvalorização cambial
chegar a um ponto em que o
preço de refinaria bata no teto
do preço de venda às distribuidoras, ou o governo repassa ao
consumidor ou passa a dar prejuízo direto à Petrobrás, além
de perder a arrecadação tributária gerada pela PPE e seguir
devedor da sua controlada.
(CS)
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