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ÁSIA
Em encontro com investidores estrangeiros, primeiro-ministro diz estar estudando liberação da saída de recursos
Malásia admite rever controle de capitais
das agências internacionais
O primeiro-ministro da Malásia,
Mahathir Mohamad, afirmou ontem que seu governo ainda está estudando formas de reduzir o controle do fluxo de capitais imposto
em setembro do ano passado.
Mahathir disse, numa reunião
com 20 investidores estrangeiros,
que estuda rever a obrigação de
pagamento de uma taxa no repatriamento de divisas para fora da
Malásia. Ele não deu prazo para o
fim das restrições.
Ele também afirmou no encontro que pode considerar uma revisão no câmbio do ringgit, moeda
malaia, que foi tornado fixo na
mesma ocasião. As medidas visavam ajudar o país a sair da recessão
em que estava por conta da crise
asiática.
"Podemos rever o câmbio fixo se
isso se tornar um problema para a
Malásia", afirmou Mahathir.
O encontro de uma hora e meia,
organizado pelo banco de investimentos norte-americano Salomon
Smith Barney, ocorreu em meio à
expectativa de que o governo malaio reduza os controles de entrada
e saída de capitais.
Isso permitiria que os administradores de fundos estrangeiros
repatriassem parte dos cerca de
US$ 10 bilhões bloqueados no
mercado do país.
A chefe do Salomon na Malásia,
Yeo Kar Peng, afirmara também
que o governo estaria preparando
um anúncio a respeito do fim da
taxa de saída para o capital estrangeiro, segundo a agência de notícias estatal "Bernama".
"Neste momento, o primeiro-ministro não pode comentar muito, mas certamente isso está sendo
considerado e um anúncio deve
ocorrer muito depressa", afirmou,
sem dar mais detalhes.
Segundo ela, qualquer mudança
no câmbio do ringgit que esteja
sendo considerada não seria feita
no futuro imediato.
Embora esteja se recuperando
rapidamente dos estragos da crise
asiática, a Malásia perdeu investimentos estrangeiros e está procurando formas de atraí-los de volta.
O governo estima que precise
atrair US$ 15,8 bilhões em capital
externo até o ano 2000 para recapitalizar os bancos e aumentar o
consumo interno.
Além disso, o país também precisa levantar dinheiro, tanto estrangeiro como interno, para financiar
seu déficit orçamentário no primeiro semestre deste ano.
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