|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ABN demitirá 8% de empregados no país
da Reportagem Local
O banco holandês ABN-Amro
anunciou ontem, em Amsterdã,
que pretende demitir 8% de seus
funcionários no Brasil.
O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados mundiais
do banco em 1998. Segundo diretores do ABN-Amro, a estrutura do
banco cresceu muito no país no
ano passado.
Em 1998, o ABN-Amro adquiriu
o controle do banco Real e do Bandepe (Banco do Estado de Pernambuco). Com as duas novas aquisições, o ABN-Amro soma cerca de
20 mil empregados no país.
A empresa pretende demitir 1600
funcionários, mas os cortes não serão imediatos, segundo o banco.
Deverão ocorrer ao longo dos próximos anos. O Bandepe já anunciou plano de corte de 30% a 40%
de seus 1600 empregados.
Segundo o executivo-chefe do
ABN-Amro, Jan Kalff, os resultados devem piorar no Brasil em
1999.Terceiro maior mercado do
ABN-Amro, o Brasil deverá apresentar uma taxa mais alta de inadimplência nos empréstimos bancários em 1999. "Ainda não vimos
o pior no Brasil", diz Kalff.
No ano passado, o banco holandês lucrou em todo o mundo US$ 2
bilhões, 4,5% a mais do que em
1997. Para 1999, as previsões são de
cautela porque o banco ainda prevê problemas na Rússia, na Indonésia, na Tailândia e no Paquistão.
Se os riscos também aumentaram no Brasil, o ABN-Amro teve
uma compensação com a desvalorização da moeda. De acordo com
Kalff, o ABN-Amro já tem 80% das
ações do banco Real. O negócio,
orçado em US$ 3 bilhões, saiu US$
150 milhões mais barato com a
desvalorização.
Texto Anterior: Fusões e aquisições movimentaram US$ 35 bi no Brasil em 1998 Próximo Texto: Lucro da Telefonica teve alta de 12% Índice
|