da Reportagem Local

O desemprego na região do ABC paulista em janeiro atingiu 20,4% da população economicamente ativa, segundo pesquisa inédita do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
A pesquisa considera população economicamente ativa (PEA) as pessoas em idade de trabalho (acima de dez anos) que estão no mercado ou buscam emprego.
Na região do ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), a PEA em janeiro era formada por 1,137 milhão de pessoas. Destas, o desemprego atingia 232 mil.
O índice de desemprego apurado em janeiro para os municípios da região do ABC permaneceu praticamente inalterado em relação a dezembro passado, quando a taxa foi de 20,3%.
No último mês de 98, havia 233 mil trabalhadores sem ocupação profissional. A PEA diminuiu.
Entre janeiro e dezembro, houve redução significativa nos postos de trabalho na área de serviços.
O setor, que respondia por 47,4% do total de ocupações na região, ficou com uma participação menor, de 44,8% do total.
A pesquisa revela que a falta de postos de trabalho na região do ABC é relativamente maior do que o observado na Grande São Paulo, cuja taxa de desemprego está atualmente em 17,8% da PEA.
Em toda a séria histórica de desemprego elaborada pelo Dieese e pela Fundação Seade, desde 1985, nunca a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo superou os 20%.
O recorde foi alcançado em junho do ano passado, quando a taxa chegou a 19%.
A taxa de desemprego no ABC também é maior do que a observada na capital paulista, que é de pouco mais de 18%.

Renda
A pesquisa divulgada ontem também revela que o rendimento médio do trabalhador no ABC é menor do que na capital paulista e do que na região metropolitana como um todo.
Em dezembro, o trabalhador ocupado do ABC recebia, em média, R$ 778 por mês. Na Grande São Paulo, esse valor chegou a R$ 836. Na capital, era de R$ 917.
O salário médio do empregado da indústria do ABC era de R$ 971 em dezembro. (ME)

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