São Paulo, Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Expectativa de inflação derruba Bolsas

e de Nova York

O mercado financeiro não teve sossego ontem. Ao nervosismo no mercado de câmbio somaram-se más notícias sobre juros e inflação internos e externos.
Embora o Banco Central tenha conseguido tomar dinheiro no over por três dias, pagando, em média, 38,95% ao ano, teve de oferecer mais no leilão de títulos públicos e mesmo assim não conseguiu vender tudo.
Do lote de 1 milhão de NTN-S o BC conseguiu vender 874 mil, pagando, na média, 38,89% ao ano no período prefixado. Mas a taxa máxima bateu em 39,90% ao ano, fugindo do patamar de 39% sinalizado pelo over para março.
As NTN-S leiloadas ontem vencem em 24 de maio de 2000. Rendem taxa prefixada por um período de 12 dias corridos (oito úteis) e 63 semanas pós-fixadas.
Do lado da inflação, o choque foi os 3,61% registrados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) no período de 21 de janeiro a 20 de fevereiro. Parte do mercado trabalhava com alta de até 3%.
No front externo, a Bolsa de Nova York viveu um dia tenso, fechando pela segunda vez consecutiva em queda. Os investidores apostam numa iminente elevação das taxas de juros nos EUA.
O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações mais negociadas, terminou o dia em queda de 0,35%, fechando a 9.366,34 pontos.
Ontem o mercado recebeu novas indicações de que a economia dos EUA continua se expandindo -a demanda por bens duráveis cresceu 3,9% em janeiro-, reforçando o temor de alta dos juros para conter um repique de inflação.
A queda lá fora se refletiu na Bovespa, que encerrou o pregão de ontem em baixa de 3,11%.
Os títulos da dívida brasileira não escaparam. Os C-bonds fecharam a 56,625% do valor de face, contra 58,25% no dia anterior.
(LUCIA REGGIANI)




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