São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2004

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Para BC, atentado deve elevar cautela

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central demonstrou preocupação com os efeitos que uma escalada do terrorismo possa ter sobre a economia global. "A economia mundial ainda é vulnerável a eventos de natureza não-econômica, e o atentado em Madri reforça a postura cautelosa na avaliação das tendências econômicas no curto prazo", escreveram os diretores do BC na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Na avaliação do BC, os atentados em Madri foram a causa da interrupção da tendência de queda do risco-país que se verificava até então.
Os atentados ocorreram em 11 de março e deixaram 190 mortos.
O BC não mencionou como componente da elevação do risco a crise política provocada pelo caso Waldomiro Diniz.
O BC destacou também a situação econômica nos Estados Unidos. Para a diretoria da instituição, a ampliação dos déficits orçamentário e comercial dos EUA "se sobrepuseram aos dados positivos, como aumento das vendas no atacado e do crédito ao consumidor, em janeiro".
Segundo o BC, houve nova queda nas expectativas dos consumidores americanos. O mercado de trabalho nos EUA, segundo o BC, também continua fraco.
Assim, não haveria motivos para que o Fed (o BC americano) aumentasse os juros no curto prazo.
Um dos principais temores para as economias emergentes no momento é uma eventual elevação da taxa básica nos Estados Unidos ( 1% ao ano). Isso poderia levar boa parte do capital estrangeiro hoje aplicada em economias periféricas a migrar para o mercado americano.


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