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Werlang vê chances para mudança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O economista do Itaú e ex-diretor do Banco Central Sérgio Werlang entendeu que a ata do Comitê de Política Monetária divulgada ontem sinalizou a possibilidade de o BC perseguir um nível de
inflação acima da meta estabelecida para este ano, de 5,5%.
"Acho que a ata abriu o caminho para mudanças na meta de
inflação nos próximos meses",
disse Werlang, que trabalhou no
BC na época da implementação
do regime.
Na sua opinião, basta que os índices a serem divulgados confirmem que os aumentos de preços
foram causados por choques de
oferta e por fatores sazonais para
que o BC justifique buscar um alvo superior a 5,5%.
Werlang também defende uma
meta maior neste ano, para evitar
o risco de que a economia seja
castigada pelos juros altos. Ele
acredita que o BC poderia perseguir um alvo entre 6% e 6,5%.
Para Werlang, há espaço para o
BC cortar os juros em 0,25 ponto
percentual nos três próximos meses -a taxa básica chegaria ao final do ano entre 13,5% e 14,5%.
Para Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, o mercado enxergou uma sinalização de que, se os choques de
ofertas continuarem exercendo
pressão sobre a inflação, mexer na
meta seria uma hipótese a ser
considerada pelo Banco Central.
"A ata diz que as circunstâncias
atuais não recomendam procedimentos para acomodar choques
de oferta. Mesmo assim, abriu
uma janela para discutir a possibilidade de oscilação da meta de
inflação", afirma o economista
Ricardo Boulos, do banco Santos.
Com a Reportagem Local
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