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análise
Total de abril contou com receita extra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os fatores que levaram
ao superávit primário recorde do mês passado não
devem se repetir de agora
em diante, e o resultado de
maio já deve ser inferior ao
apurado em abril.
O resultado de abril foi
influenciado por um aumento sazonal nas receitas do governo. Exemplos:
o Tesouro Nacional recebeu R$ 1,6 bilhão em dividendos repassados por
bancos públicos, e a Receita Federal recebeu tributos que são recolhidos trimestralmente, como a
CSLL (Contribuição sobre
o Lucro Líquido) das empresas.
A partir deste mês, as
contas do governo começam a sentir os efeitos do
pagamento do novo salário mínimo, o que também
deve ajudar a reduzir um
pouco o superávit primário. Por outro lado, a lei limita os gastos públicos
nos meses que antecedem
a eleição, o que deve favorecer o aperto fiscal esperado no segundo semestre.
No governo, não se descarta a possibilidade de, ao
longo deste ano, o superávit primário ficar, em um
mês ou outro, abaixo de
4,25% do PIB. Mas, numa
tentativa de reafirmar o
compromisso com o ajuste
fiscal, integrantes da equipe econômica ressaltam
que isso -o superávit ficar
abaixo da meta em determinados períodos- já
aconteceu em 2002, também ano de eleições, e que,
mesmo assim, o objetivo
fixado naquele ano foi
atingido.
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