São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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análise

Total de abril contou com receita extra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os fatores que levaram ao superávit primário recorde do mês passado não devem se repetir de agora em diante, e o resultado de maio já deve ser inferior ao apurado em abril.
O resultado de abril foi influenciado por um aumento sazonal nas receitas do governo. Exemplos: o Tesouro Nacional recebeu R$ 1,6 bilhão em dividendos repassados por bancos públicos, e a Receita Federal recebeu tributos que são recolhidos trimestralmente, como a CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) das empresas.
A partir deste mês, as contas do governo começam a sentir os efeitos do pagamento do novo salário mínimo, o que também deve ajudar a reduzir um pouco o superávit primário. Por outro lado, a lei limita os gastos públicos nos meses que antecedem a eleição, o que deve favorecer o aperto fiscal esperado no segundo semestre.
No governo, não se descarta a possibilidade de, ao longo deste ano, o superávit primário ficar, em um mês ou outro, abaixo de 4,25% do PIB. Mas, numa tentativa de reafirmar o compromisso com o ajuste fiscal, integrantes da equipe econômica ressaltam que isso -o superávit ficar abaixo da meta em determinados períodos- já aconteceu em 2002, também ano de eleições, e que, mesmo assim, o objetivo fixado naquele ano foi atingido.


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