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Governo vai subsidiar fundos de investimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai subsidiar a criação de fundos de investimento
para financiar projetos de cunho
social e de infra-estrutura. Neste
ano, o Tesouro Nacional aplicará
R$ 150 milhões no programa, chamado de Pips (Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social).
O apoio do governo, cujos recursos sairão do Orçamento,
nunca poderá ser superior a cinco
anos. Além de adquirir até 30%
das cotas do fundo, o Tesouro poderá usar o dinheiro para garantir
rentabilidade mínima para o projeto. A taxa de retorno dos fundos,
segundo o secretário-executivo
do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, será no mínimo igual
a Selic (taxa básica do BC), hoje
em 26% ao ano. Se for inferior, o
governo banca a diferença.
Os fundos precisam ter um projeto específico para se beneficiar
dos recursos. O dinheiro do Tesouro será repassado por meio de
ofertas públicas ou leilões eletrônicos para garantir maior eficiência e transparência na alocação
dos recursos orçamentários.
O objetivo do programa é "mobilizar recursos para projetos de
interesse social através de fundos
de investimentos éticos", afirma
nota divulgada ontem pela Presidência da República. Haverá dois
tipos de fundos: os de Investimento em Direitos Creditícios e
os de Investimento Mobiliário.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, disse
que a instituição vai anunciar na
semana que vem três fundos para
a construção de empreendimentos habitacionais.
Um dos fundos será formado
em parceria com a Prefeitura de
São Paulo para a construção de
um novo bairro em Itaquera. Serão 1.600 unidades com moradias
e pontos comerciais. O projeto será desenvolvido para os funcionários públicos do município, administrado por Marta Suplicy (PT),
que apadrinhou a indicação de
Mattoso à CEF.
Os dois outros fundos também
estão sendo elaborados para funcionários públicos, mas para os
Estados de Minas Gerais e Rio
Grande do Norte. No caso de Minas, serão atendidos policiais civis
e militares.
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