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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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TRABALHO

Demissões também aumentaram neste ano nas companhias da Zona Franca, segundo o sindicato dos metalúrgicos

16 empresas dão férias coletivas em Manaus

ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Pelo menos 16 empresas da Zona Franca de Manaus -de um total de 400- darão férias coletivas para seus funcionários até a primeira quinzena de julho em decorrência do aumento nos estoques e das variações cambiais.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus não soube informar quantos metalúrgicos serão atingidos pela medida. De acordo com o levantamento inicial da entidade, quatro empresas estão paradas desde segunda-feira.
Na LG Eletronics (setor de ar-condicionado) e na Bic da Amazônia, as atividades continuarão suspensas até os dias 6 e 12 de julho, respectivamente. A suspensão das atividades na Caloi Norte e na Eletrolux segue até o dia 22.
No dia 30, Musashi, Nissin, FCC do Brasil, Denso da Amazônia, Scorpios da Amazônia, Kei Hin, Showa e Sodecia da Amazônia entram em férias coletivas até o dia 9 de julho. A Brastemp estende a interrupção até o dia 30 de julho.
A Murata suspende as atividades de 7 a 16 de julho. Orbisat e Suzuki terão férias coletivas a partir do dia 14 de julho.
Para o sindicato, o quadro é preocupante e a iniciativa sinaliza uma forma de pressionar o governo para a adoção de medidas de incentivo à produção. Dados do órgão apontam aumento no número de demissões neste ano.
Ao todo, foram oficializadas 2.299 rescisões contratuais de janeiro a maio, contra 2.142 no mesmo período do ano passado. As empresas metalúrgicas e de eletroeletrônicos lideram as estatísticas do sindicato.
Segundo a assessoria do Centro das Indústrias de Manaus, as empresas da Zona Franca estão com estoques excedentes, anteriores à redução do dólar e agora enfrentam dificuldades para comercializar a produção.
Os juros altos também aparecem como fatores agravantes. Por conta dessas dificuldades, as empresas estariam acumulando prejuízos para comercializar os itens fabricados e retomar a produção.
O presidente do centro, Maurício Loureiro, informou que um balanço com dados atualizados sobre a situação financeira das indústrias será divulgado nos próximos dias.


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