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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Papéis do banco já caíram 15% no mês; somente ontem, baixa foi de 3,4%; Bolsa recuou 0,63%

Investidor vende ações do Banco do Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações do Banco do Brasil têm reagido pessimamente às medidas tomadas pelo governo na busca de reduzir os juros bancários e aumentar o microcrédito. No mês, as ações com direito a voto do banco acumulam perdas de 15,4%. Somente no pregão da Bovespa de ontem, os papéis ON do banco caíram 3,43%. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com baixa mais modesta, de 0,63%.
"O fantasma do intervencionismo do governo em empresas e instituições estatais que têm capital aberto, como a Petrobras e o Banco do Brasil, nunca abandonou o mercado. Quando o governo toma medidas que envolvem as estatais, como tem feito, há investidores que preferem vender as ações", afirma Hélio Osaki, analista da corretora Finambras.
Como as ações do Banco do Brasil ainda acumulam a expressiva alta de 32% no ano, os papéis podem cair ainda mais no curto prazo, avaliam analistas. O temor dos investidores é que o Banco do Brasil e a CEF (Caixa Econômica Federal) voltem a ser o que eram nos anos 80 e 90, períodos em que registravam grandes rombos.
As ações da Embratel Participações foram outro destaque no pregão de ontem, liderando as valorizações no dia. Especulações quanto a uma hipotética venda da empresa para a mexicana Telmex fizeram as ações ordinárias da Embratel dispararem 10%, e as preferenciais, 6,7%. Os papéis preferenciais da tele foram os mais negociados do pregão, concentrando 15% do giro do dia.
O interesse dos investidores estrangeiros na Bolsa segue forte neste mês. Nos primeiros 20 dias do mês, o saldo das compras e vendas de ações com capital estrangeiro na Bolsa paulista ficou positivo em R$ 430 milhões. No ano, esse resultado está positivo em R$ 1,8 bilhão.

Dólar
No mercado de câmbio, o dólar fechou com variação pequena. Vendida a R$ 2,861 no fim dos negócios, a moeda norte-americana registrou pequeno recuo de 0,31% diante do real. Nem mesmo o início da rolagem da dívida cambial de US$ 2,5 bilhões que vence na próxima semana foi suficiente para agitar o mercado. O BC renovou ontem apenas cerca de 28% do vencimento. A expectativa é que a autoridade monetária realize um novo leilão hoje.
(FABRICIO VIEIRA)


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