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MERCADO FINANCEIRO
Papéis do banco já caíram 15% no mês; somente ontem, baixa foi de 3,4%; Bolsa recuou 0,63%
Investidor vende ações do Banco do Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações do Banco do Brasil
têm reagido pessimamente às
medidas tomadas pelo governo
na busca de reduzir os juros bancários e aumentar o microcrédito.
No mês, as ações com direito a voto do banco acumulam perdas de
15,4%. Somente no pregão da Bovespa de ontem, os papéis ON do
banco caíram 3,43%. A Bolsa de
Valores de São Paulo fechou com
baixa mais modesta, de 0,63%.
"O fantasma do intervencionismo do governo em empresas e
instituições estatais que têm capital aberto, como a Petrobras e o
Banco do Brasil, nunca abandonou o mercado. Quando o governo toma medidas que envolvem
as estatais, como tem feito, há investidores que preferem vender
as ações", afirma Hélio Osaki,
analista da corretora Finambras.
Como as ações do Banco do
Brasil ainda acumulam a expressiva alta de 32% no ano, os papéis
podem cair ainda mais no curto
prazo, avaliam analistas. O temor
dos investidores é que o Banco do
Brasil e a CEF (Caixa Econômica
Federal) voltem a ser o que eram
nos anos 80 e 90, períodos em que
registravam grandes rombos.
As ações da Embratel Participações foram outro destaque no
pregão de ontem, liderando as valorizações no dia. Especulações
quanto a uma hipotética venda da
empresa para a mexicana Telmex
fizeram as ações ordinárias da
Embratel dispararem 10%, e as
preferenciais, 6,7%. Os papéis
preferenciais da tele foram os
mais negociados do pregão, concentrando 15% do giro do dia.
O interesse dos investidores estrangeiros na Bolsa segue forte
neste mês. Nos primeiros 20 dias
do mês, o saldo das compras e
vendas de ações com capital estrangeiro na Bolsa paulista ficou
positivo em R$ 430 milhões. No
ano, esse resultado está positivo
em R$ 1,8 bilhão.
Dólar
No mercado de câmbio, o dólar
fechou com variação pequena.
Vendida a R$ 2,861 no fim dos negócios, a moeda norte-americana
registrou pequeno recuo de 0,31%
diante do real. Nem mesmo o início da rolagem da dívida cambial
de US$ 2,5 bilhões que vence na
próxima semana foi suficiente para agitar o mercado. O BC renovou ontem apenas cerca de 28%
do vencimento. A expectativa é
que a autoridade monetária realize um novo leilão hoje.
(FABRICIO VIEIRA)
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