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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Do pasto ao prato
"Para fazer um bom bife é preciso que o boi tenha boa genética", diz Belarmino Iglesias Filho, dono dos restaurantes Rubayat. Iglesias, que tem de provar isso diariamente aos clientes de seus estabelecimentos de São Paulo e de Buenos Aires, vai colocar em leilão essa genética na Fazenda Rubayat, no início de agosto.

Telhado de vidro
O dono do Rubayat diz que, por vender em seus restaurantes a carne produzida na própria fazenda, tem telhado de vidro. Ou seja, a carne tem de ser de qualidade. Ele buscou na raça brangus a precocidade que precisa nos abates e a qualidade necessária da carne com a aplicação de muita tecnologia.

Prêmio à qualidade
Iglesias diz que produzir carne de qualidade começa a compensar no Brasil. O mercado externo quer a carne brasileira, mas primeiro veio em busca de quantidade e de preços favoráveis. Agora quer também qualidade. Os frigoríficos já pagam 6% a mais pela carne de qualidade, afirma.

Recuperação
Frango e suínos voltaram a subir ontem no Estado de São Paulo. O quilo do frango vivo na granja foi a R$ 1,35, e a arroba de suíno, a R$ 31, conforme pesquisa da Folha.

Queda do algodão
Mesmo com as vendas menores dos produtores, os preços domésticos do algodão pluma caíram no período de 16 a 20 de junho, conforme dados do Cepea. A queda foi de 1,38%, e a libra-peso foi cotada a R$ 1,53. A demanda por algodão é fraca devido às fracas vendas de produtos acabados.

O troco 1
A Comissão de Economia da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que suspende as preferências tarifárias no comércio interno do Mercosul para o açúcar e os demais produtos alimentícios que contenham 10% ou mais de açúcar em sua composição.

O troco 2
O projeto é de autoria de Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB-SP) e é um troco à aprovação, pelo Congresso da Argentina, de lei que dificulta as importações de açúcar brasileiro pelo país vizinho. Além de alíquota de 18%, o açúcar brasileiro paga uma sobretaxa que varia em relação ao preço internacional do produto.

Mea culpa 1
Os supermercados reconhecem que por muito tempo os produtores, principalmente no final da década de 80 e no início da de 90, foram muito mal remunerados. Isso é ruim porque significa menos produção, preços mais elevados e vendas menores.

Mea culpa 2
Essas redes de comércio chegaram à conclusão que é melhor remunerar mais bem os produtores para que haja produção constante. "Do contrário, estaríamos matando a galinha dos ovos de ouro", diz o dono de uma dessas redes. Arroz, feijão, café, milho e soja estão nessa lista.

Avestruz na passarela
O couro de avestruz entra nas passarelas de São Paulo. A Iódice e a Struzzo fizeram acordo que resultará na confecção de vários acessórios e calçados com o produto.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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