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Modelo chileno é bem-vindo, mas o malaio, "radical", sofre críticas
DA REPORTAGEM LOCAL
O caso mais celebrado de controle de capitais é o do Chile, país
com a economia mais estável da
América Latina, que usou o mecanismo entre 1991 e 1998. Outros
exemplos, no entanto, como o da
Malásia, que adotou um controle
emergencial em 1998 na esteira da
crise asiática, ainda causam arrepios a economistas liberais.
A diferença essencial entre os
dois países se refere ao tipo de
controle adotado.
Vítima de forte sangria de capitais, o governo malaio optou pelo
chamado controle administrativo
na saída de recursos. Ou seja, resolveu impedir que todo centavo
deixasse o país sem autorização.
Apesar de muito criticada, a medida acabou ajudando a Malásia a
sair da crise e a retomar a via do
crescimento. No ano passado, por
exemplo, o PIB (Produto Interno
Bruto) do país cresceu aproximadamente 4%.
Embora admitam que esse tipo
de controle possa ser adotado em
situações de emergência, economistas, especialmente os liberais,
acreditam que o tipo de controle
ideal seja aquele adotado na entrada dos recursos. É o caso do
Chile e, agora, o da Argentina.
Esse tipo de mecanismo é considerado mais "amigável ao mercado" (tradução da expressão em
inglês "market friendly"), pois
não surpreende os investidores.
Como ocorre agora na Argentina, o governo anuncia, de antemão, que taxará o capital que deixar o país antes de uma estada mínima estabelecida. A regra vale
para fluxos novos. Foi o que o
Chile fez por quase uma década
de forma bem-sucedida, na opinião da maior parte dos economistas.
(EF)
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