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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Modelo chileno é bem-vindo, mas o malaio, "radical", sofre críticas

DA REPORTAGEM LOCAL

O caso mais celebrado de controle de capitais é o do Chile, país com a economia mais estável da América Latina, que usou o mecanismo entre 1991 e 1998. Outros exemplos, no entanto, como o da Malásia, que adotou um controle emergencial em 1998 na esteira da crise asiática, ainda causam arrepios a economistas liberais.
A diferença essencial entre os dois países se refere ao tipo de controle adotado.
Vítima de forte sangria de capitais, o governo malaio optou pelo chamado controle administrativo na saída de recursos. Ou seja, resolveu impedir que todo centavo deixasse o país sem autorização. Apesar de muito criticada, a medida acabou ajudando a Malásia a sair da crise e a retomar a via do crescimento. No ano passado, por exemplo, o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu aproximadamente 4%.
Embora admitam que esse tipo de controle possa ser adotado em situações de emergência, economistas, especialmente os liberais, acreditam que o tipo de controle ideal seja aquele adotado na entrada dos recursos. É o caso do Chile e, agora, o da Argentina.
Esse tipo de mecanismo é considerado mais "amigável ao mercado" (tradução da expressão em inglês "market friendly"), pois não surpreende os investidores.
Como ocorre agora na Argentina, o governo anuncia, de antemão, que taxará o capital que deixar o país antes de uma estada mínima estabelecida. A regra vale para fluxos novos. Foi o que o Chile fez por quase uma década de forma bem-sucedida, na opinião da maior parte dos economistas. (EF)


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