da Redação

Trabalhadores do setor privado que pertencem à classe média não podem ter ilusões quanto ao futuro, se imaginam poder viver com a aposentadoria do INSS.
O teto no INSS é hoje de R$ 1.081,50 e não deve passar para R$ 1.200 mensais tão cedo, já que a reforma da Previdência corre o risco de ser aprovada -se for- só no ano que vem.
A única saída é poupar para o futuro e, de preferência, a partir do início da carreira. Quanto mais tempo a pessoa economiza um dinheirinho para formar seu pecúlio, menor a quantia mensal exigida na fase de poupança.
As principais opções para complementar a aposentadoria são:
1) poupança individual (via caderneta mesmo ou fundos) feita pelo próprio interessado;
2) fundos de pensão fechados, ligados à própria empresa na qual a pessoa trabalha;
3) Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual), um produto novo;
4) fundos abertos de previdência privada, disponíveis em vários bancos e seguradoras. Oferecem tanto planos de benefício definido (no futuro) quanto de contribuições definidas (e renda conforme o fundo acumulado durante anos).
Mas é bom saber que os planos de previdência privada são caros e exigem atenção.
Quase todos cobram taxa de administração sobre as contribuições. Você coloca R$ 100, por exemplo, e aplicam-se R$ 95 se a taxa for 5%. Também podem cobrar taxa sobre o patrimônio.
Quando se cobra também sobre o fundo acumulado, afirma Antonio Lopes Cristóvão, presidente da Bradesco Previdência, o custo efetivo cresce ao longo do tempo, pois a mesma contribuição vai sendo taxada de forma cumulativa.
Em cinco anos, diz ele, uma taxa de 3% sobre a contribuição, aparentemente baixa, pode equivaler a outra de 10%, porém sem encargo sobre o fundo acumulado.
Nos planos tradicionais é garantida rentabilidade mínima pelo IGP-M mais 6% ao ano.
O que excede IGP-M mais 6% é dividido com o cliente, mas de nada adianta receber um percentual alto se o fundo rende pouco, adverte Flávio Perondi, da AGF.



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