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PARCERIA
Estrangeiros investem R$ 1,2 mi
Sindicatos vão fiscalizar o trabalho no Brasil
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE
Os sindicatos norte-americanos
e europeus estão se unindo às
centrais brasileiras para fiscalizar
as condições de trabalho no Brasil. O objetivo é evitar que as filiais
das grandes multinacionais adotem no Brasil uma política de exploração do trabalhador que, para os empregados das matrizes,
significa mais desemprego e
transferência de investimentos.
Essa parceria será feita por meio
da ampliação das atividades do
Observatório Social, órgão da
CUT especializado em pesquisas.
Nos dois primeiros anos será investido R$ 1,6 milhão -R$ 1,2
milhão será bancado pelas centrais estrangeiras. Um dos resultados desse programa é a pesquisa sobre condições de trabalho
que está sendo realizada em dez
empresas instaladas no país.
A primeira delas, feita na rede
de supermercados Wal-Mart
-maior do mundo e sexto faturamento do setor no país-, foi
divulgada ontem. A pesquisa
abordou apenas 35 trabalhadores
de um universo de mais de 6 mil.
O principal objetivo é mapear e
colher depoimentos sobre problemas já conhecidos.
Foram levantados na rede Wal-Mart problemas com carga horária, falta de liberdade de atuação
dos sindicatos, pequena participação de mulheres nos cargos de
chefia e supostos indícios de assédio sexual. A direção da Wal-Mart coloca em dúvida a metodologia da pesquisa, mas se dispôs a
discutir os problemas levantados
com os representantes sindicais.
O observatório pretende ampliar os trabalhos até atingir um
total de 300 empresas no Brasil.
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